Obrador diz que México é pacifista e não envia armas a Kiev
O líder presidente mexicano López Obrador defendeu sua posição em relação ao conflito iniciado na Ucrânia em 24 de fevereiro. “O México é um país pacifista que escolheu a não-violência e somos a favor do diálogo, não da guerra. Não enviamos armas para nenhum país sob nenhuma circunstância, como você [UE] está fazendo agora”, afirmou o presidente ao rebater críticas ao México pelo seu posicionamento.
Diante das inúmeras sanções impostas pelos Estados Unidos e membros da União Europeia, contra a resposta da Rússia à militarização e nazificação ucranianas, Obrador reiterou que é contrário e não vai impor retaliações.
Para Obrador, ao buscarem responsabilizar recentemente o seu governo pelas ameaças e mortes de jornalistas, os eurodeputados aderiram “como ovelhas” à estratégia “reacionária” e à tentativa de “golpe” dos que são contra o seu projeto de desenvolvimento soberano.
O presidente mexicano disse ainda que “ninguém aqui é oprimido, a liberdade de expressão e o trabalho dos jornalistas são respeitados. O Estado não viola os direitos humanos, como fez o governo anterior, quando você, aliás, ficou calado”, frisou o presidente.
O presidente havia acusado alguns repórteres por mentiram no mês passado, segundo a AP. Frente a isso, o Parlamento Europeu se pronunciou para que Obrador “se abstenha de emitir qualquer comunicação que possa estigmatizar” trabalhadores da mídia.
O senador José Antonio Alvarez Lima, do Movimento Regeneração Nacional (Morena), partido de Obrador e seu colega da bancada, César Cravioto, destacaram que os eurodeputados “ultrapassaram os seus limites”.