Comércio na SAARA (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), centro da cidade. Comércio não essencial está autorizado a reabrir a partir de hoje (9) na cidade do Rio de Janeiro depois de duas semanas fechados devido à pandemia de Covid-19.

Com a queda na renda e a explosão da inflação deteriorando os orçamentos domésticos e diminuindo o poder de compra das famílias, em especial as na faixa de menor renda, o endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde em setembro, alcançando o percentual de 74% contra 72,9% em agosto.

“Embora o crédito esteja funcionando como fermenta de recomposição da renda, o aumento dos juros em curso no país encarece as dívidas e demais despesas em aberto. O recente aumento das alíquotas do IOF, mesmo que temporário, acirram ainda mais o custo do crédito, em um momento de elevação dos juros e endividamento em proporções recordes”, ressalta a entidade ao divulgar a pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), na segunda-feira (4).

As dívidas consideradas na pesquisa são as de cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Do total de famílias, 84,6% delas têm dívidas com cartão de crédito. É um novo recorde nesse percentual que já é bastante alto. Em relação a setembro de 2020, a modalidade de endividamento aumentou 5,6 pontos percentuais.

Muitas famílias estão recorrendo ao cartão de crédito para pagar a conta de luz, a água, os combustíveis, comida e medicamentos. “Alimentos, medicamentos, transportes e energia são os grupos de itens com maiores altas nos preços e aqueles de maior peso na cesta de consumo do brasileiro de renda média e baixa”, destaca a CNC.

No grupo de menor renda, o percentual de endividados alcançou 75,3%, também o maior número da série histórica.

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atrasos mantém-se em 25,5% do total de famílias e a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes, é de 10,3%.