Em nota divulgada nesta terça-feira (30/04), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), rechaça, a tentativa de golpe de Estado promovida pela oposição ao governo da Venezuela e reitera a defesa da paz e da promoção do diálogo.
O documento, assinado pela presidência do Partido, pelo seu secretário de Relações Internacionais e pelo Líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, afirma que o Brasil deve manter a tradição de política externa independente em defesa da manutenção da estabilidade, do diálogo, da moderação e da construção da paz.
Para os comunistas, o Brasil, pela sua grandeza e importância na América Latina deveria assumir um papel de promoção do diálogo e manutenção da estabilidade, na construção da paz na região e contra a ingerência dos EUA. “Lutamos para que prevaleça neste país a tradição de uma política externa não intervencionista e que não embarca em aventuras de vassalagem ao império norte-americano”, diz o documento. 

Confira a íntegra da nota a seguir:

O mundo amanheceu neste 30 de abril com mais uma tentativa de golpe de Estado contra o Governo de Nicolás Maduro da Venezuela. Desta feita, tentaram forjar a sublevação em uma base aérea (La Carlota) e atrair apoio popular para o pretenso levante. No princípio da tarde já estava desmascarado o intento, debelada a crise e desfeitas as falsas informações que circulavam para alimentar o golpismo.

Os e as comunistas brasileiros do PCdoB manifestam seu rechaço ao golpismo em todos os seus aspectos, altamente prejudiciais para a paz e a estabilidade, não só do povo venezuelano, mas de toda a América Latina. Denunciamos a imprudência e a irresponsabilidade de um grupo que ataca as forças de defesa de seu próprio país e conclama a intervenção externa contra a soberania de seu próprio povo.

Reiteramos a defesa da paz e da promoção do diálogo na resolução das divergências. A não ingerência de governos nos assuntos internos dos países vizinhos. Valorizamos iniciativas moderadoras de países como o México e o Uruguai, tal como o Mecanismo Montevideo, e rechaçamos o estímulo à violência e aos boicotes econômicos deliberados por países como aqueles que hoje compõem majoritariamente o Grupo de Lima.

O Brasil, como o maior país da América do Sul, precisa assumir um papel na manutenção da estabilidade, na promoção do diálogo, da moderação e da construção da paz na região. Lutamos para que prevaleça neste país a tradição de uma política externa não intervencionista e que não embarca em aventuras de vassalagem ao império norte-americano.

Luciana Santos – presidenta nacional do PCdoB
Walter Sorrentino – vice-presidente e secretário de Relações Internacionais do PCdoB
Daniel Almeida – líder do PCdoB na Câmara dos Deputados