Em nota, o Comitê Estadual-SC se solidariza com a família e a comunidade indígena Catarinense e Brasileira pelo assassinato de sua grande liderança Xokleng, professor e pesquisador Marcondes Namblá.

O indígena foi espancado a pauladas nas primeiras horas de 2018, em Penha, litoral de Santa Catarina e faleceu dois dias depois. Namblá era formado pela UFSC, vivia na Terra Indígena Ibirama-La Klãnõ, no município de José Boiteux e deixa esposa e cinco filhos.

Segue abaixo a íntegra da nota:

A Direção Estadual do Partido Comunista do Brasil – PCdoB/SC solidariza-se com a família e toda a comunidade indígena de Santa Catarina e do Brasil pela perda de sua grande liderança Xokleng, o professor, pesquisador Marcondes Namblá. Sem dúvida um crime associado ao racismo e preconceito contra os povos indígenas do nosso país.

Apoiamos à iniciativa dos caciques da Terra Indígena Laklãnõ Xokleng, a última reserva da etnia no Planeta, localizada em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, que entraram na Procuradoria da República com pedido de inquérito criminal para apurar crime de racismo e negligência de socorro.

“Foi racismo, sim, e não só do assassino”, afirma o presidente da Terra Indígena, Tukun Gakran, que exige do Ministério Público Federal em Santa Catarina, em nome dos nove caciques das aldeias e de todo o povo Xokleng a abertura de inquérito criminal para apurar as circunstâncias do homicídio brutal do educador Marcondes Namblá.

Assim nos solidarizamos e manifestamos nosso apoio ao protesto a ser realizado nesta quarta-feira, às 14 horas, na Avenida Eugênio Krause, no município de Penha, Santa Catarina.

Nosso apoio à luta dos povos indígenas, contra a violência, recrudescida durante o governo golpista.

A morte de Marcondes Namblá não pode ser considerada um crime comum e deve ser motivo de alerta e fortalecimento da solidariedade militante aos povos originários.

Florianópolis, 8 de janeiro de 2018
Direção Estadual do PCdoB/SC