PCdoB na luta pelas Diretas Já, contra a ditadura

No dia em que o Brasil lembra os horrores da ditadura militar, iniciada com o golpe de 31 de março de 1964, parlamentares do PCdoB — partido que sempre lutou pela democracia, foi perseguido e teve diversos de seus dirigentes e militantes presos, torturados e assassinados nos porões da ditadura — reafirmaram o compromisso da legenda com a democracia e contra o autoritarismo em todas as suas formas e ressaltaram: “ditadura nunca mais”.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) destacou: “Lutar pela democracia está na ordem do dia! Ditadura nunca mais!”. Ela lembrou que a ditadura “foi um período sangrento da nossa história. Tortura, mortes, prisões, imprensa censurada, Congresso fechado. Uma época de terror e autoritarismo. Precisamos lembrar para que nunca mais aconteça e fortalecer a luta contra todos os ataques à democracia que estamos vivendo neste governo Bolsonaro”. Alice acrescentou ainda que “a democracia está sendo ferida de morte neste governo!”.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) também se manifestou, ressaltando a herança negativa do regime: “Hoje é dia de luto nacional, para rememorarmos um capítulo nefasto de nossa história. As práticas da ditadura militar tiveram papel significativo no desenvolvimento de uma cultura da violência, com invasões de domicílio, tortura e assassinato”.

O parlamentar salientou, ainda, que “o direito à memória e à verdade é algo que está incompleto. Não conseguimos ainda esclarecer episódios que fazem parte dessa trajetória histórica e que ainda é uma mancha no processo de aprofundamento e consolidação democrática. Os familiares têm todo o direito de continuarem a exigir que os corpos daqueles que foram vítimas sejam identificados. Não podemos tolerar que essa data seja exaltada. Viva a democracia!”.

Jandira Feghali, deputada federal do PCdoB-RJ, declarou: “hoje é dia de reforçarmos, mais do que nunca, o grito pela liberdade e contra qualquer tipo de ameaça à democracia. Meu partido, junto de tantos lutadores pela liberdade, caminhou e enfrentou na história a ditadura militar. Perdemos homens e mulheres que não aceitavam o fim de direitos, a censura, os sequestros na calada da noite, os assassinatos pelo Estado. Hoje nos mantemos altivos, no Parlamento, em defesa de um Brasil livre”.

A parlamentar apontou que, ao contrário do que pregam os defensores da ditadura — como Bolsonaro, seu governo e seus seguidores — “não há nada a comemorar no golpe militar de 1964 que instaurou a ditadura, a retirada de direitos do povo e a liberdade”. Jandira destacou ainda: “Falam em pacificação? Só se for a paz do silêncio, da censura e da falta de resposta sobre o desaparecimento dos lutadores deste país. Das vozes dos gritos dos torturados, dos lutadores pela restauração da democracia no campo e na cidade e nem dos familiares que até hoje buscam notícias dos seus entes queridos e que tem nossa total solidariedade! Não temos o que celebrar em 31 de março ou 1º de abril relacionado a 1964. As nossas homenagens a todos os e as militantes da liberdade e democracia que tombaram. Lembrar para não esquecer!”.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) colocou: “Lembrar sempre para que nunca mais aconteça. Democracia sempre!”. Ele também homenageou os homens e mulheres que dedicaram suas vidas a lutar por democracia e liberdade. “Osvaldão e Helenira, negros, jovens, sonhadores, abnegados combatentes contra a odiosa ditadura, representam os sonhos de uma geração. Viva a democracia!”.

Professora Marcivânia, deputada federal do PCdoB-AP, declarou: “Viva a democracia e o Estado democrático de direito no Brasil. Eis o regime em que o País melhor  conseguiu combinar inclusão social, desenvolvimento econômico e respeito aos direitos humanos. Ditadura nunca mais!”.

 

Por Priscila Lobregatte