Como forma de enfrentar um dos momentos de maior contaminação pelo coronavírus — agora via variante Ômicron —, o secretário de Saúde do Espírito Santo e membro do Comitê Central do PCdoB, Nésio Fernandes, vem defendendo a ampla vacinação, inclusive de crianças, e o passaporte vacinal, além das medidas já tradicionais de uso de máscara, higiene e distanciamento. Ele também vem repudiando grupos que pregam a não vacinação, a exemplo do presidente Bolsonaro e seus seguidores.

Numa série de declarações feitas pelas redes sociais nesta terça-feira (25), Nésio falou sobre estas questões. “O passaporte, no contexto de garantia do acesso universal à vacina, concilia duas frentes: reduzir risco nos ambientes; vencer a resistência dos que apresentam hesitação vacinal. E o principal: vencer o impacto da pandemia em internações e óbitos”, defendeu o secretário.

Nésio destacou ainda que “enfrentar a pandemia é um exercício permanente de comunicação. Críticos do passaporte da vacina dizem que no Espírito Santo ‘a maioria já vacinou, não tem sentido o passaporte’”, o que, conforme enfatizou, é um erro.

De acordo com informações da secretaria de Saúde, o estado alcançou 100% da meta de vacinação dos idosos com duas doses e avança para 84% com a de reforço. Cerca de 96% dos adultos com 18 anos ou mais estão com a primeira dose aplicada e destes, 88% tomaram também a segunda dose, além de 86% dos adolescentes com a primeira e 60% com a segunda.

Com base nesses números, salientou: “aqui os negacionistas e a turma antivax ficaram num cercadinho com pouca gente. A maioria esmagadora da população capixaba quer, acredita na ciência e não entra na loucura. Com amplo apoio, podemos derrotar o impacto do vírus”.
Mesmo neste cenário, reforçou: “para além de reduzir o risco, o passaporte é necessário para induzir a vacinação. Quem não se vacina atrapalha e compromete a gestão de risco da pandemia: internam mais, morrem mais, infectam mais… Meta vacinal de 70% com duas doses é obsoleta para controle da Covid-19”.

Nésio salientou que “toda medida que estimule, induza ou exija o passaporte da vacina é fundamental”, mas ponderou: “é claro que o passaporte não é a única medida para induzir a vacinação. Campanhas de educação, visibilidade às opiniões de especialistas, exemplo das autoridades públicas, tirar selfie com filho vacinado, etc., tudo ajuda na mobilização”.

Por fim, o secretário acrescentou: “para ajudar o vírus, que não tem cérebro, tem uma turma organizada anti-vacina que faz um barulho danado. Ainda bem que estes estão ficando cada vez menores e insignificantes na realidade brasileira”.

Por Priscila Lobregatte