Packer, durante a invasão ao Capitólio com camisa exaltando o campo de extermínio de Auschwitz

O invasor do Capitólio no dia 6, que ganhou notoriedade por sua camiseta com letreiro “Campo de Auschwitz” e “O Trabalho Liberta”, foi preso na quarta-feira (13) na Virginia e identificado como Robert Keith Packer.

A presença dele na marcha trumpista causou vasta indignação, por fazer apologia da frase com que as vítimas se deparavam no portão do mais famoso campo de extermínio nazista. Milhões de judeus, comunistas, socialistas e oposicionistas foram mortos em suas câmaras de gás.

Na invasão ao Congresso, o nazista Packer ostentava a camiseta, o que era visto de forma natural por todo bando trumpista, em que também havia bandeiras confederadas reverenciando a escravidão e o racismo, e outras aberrações.

A invasão foi incitada por Trump, na tentativa de fraudar a eleição e impedir a homologação de Joe Biden como novo presidente.

Em discurso inflamado de defesa do ataque ao Capitólio, a deputada republicana Mary Miller declarou que “Hitler estava certo”, sendo aplaudida pelos desordeiros trumpistas presentes.

Segundo relato de agente da lei, a viralização da foto do elemento com o letreiro exaltando Auschwitz facilitou a captura de Packer.

Outros indivíduos que se tornaram instantaneamente célebres no motim de Trump – como o “louco de chifres”, o ladrão do púlpito da Câmara e o sujeito dos pés na mesa da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, – já estão igualmente encarcerados. Mais 160 invasores estão sendo investigados.

Na quarta-feira, em decorrência da “incitação à violência” contra o governo e a democracia, a Câmara aprovou impeachment de Trump por 232 votos a favor, 197 contra e 4 abstenções.