Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), busca por vítimas continua

Ao menos 74 migrantes faleceram na quinta-feira (12) em um naufrágio diante da cidade de Juma, no litoral da Líbia, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Conforme a agência da ONU, guarda-costeiros líbios e pescadores conseguiram resgatar 47 sobreviventes, assim como 31 cadáveres. “A busca de vítimas continua”, acrescentou o comunicado.

O navio da Open Arms, o único de uma ONG dedicada ao resgate que navega atualmente nestas águas conseguiu salvar 200 náufragos em três operações.

Desde o começo do ano, pelo menos 900 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo, calcula a OIM, enquanto ao menos outras 11 mil pessoas foram conduzidas novamente para a Líbia.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) respaldou o alerta da OIM de que a Líbia não pode ser considerada um porto seguro de retorno e que os refugiados resgatados ou interceptados no mar não devem ser enviados de volta ao país devido ao nível de descaso, à repressão e até escravização dos que se arriscaram naquelas águas nas mãos das autoridades líbias.

Além da Líbia, o naufrágio de embarcações provenientes da Argélia, Camarões, Egito, Mali, Nigéria e Sudão tem ceifado a vida de homens, mulheres, crianças e bebês.