“Não é algo que pode ser adjetivado como erro. É algo criminoso.”
Em debate promovido pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) sobre a situação da pandemia no Brasil, o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse o Brasil está vivendo “algo que não pode ser apenas adjetivado como erro. É algo criminoso”.
Dino destacou que existem três grandes dificuldades que estão sendo enfrentadas no país neste momento.
“Em primeiro lugar estamos vendo o exaurimento da capacidade dos governadores. Parece que estamos nadando, nadando, como se apenas tivesse um gigantesco oceano, sem nunca encontrar ilhas ou terras continentais que nos permitam encontrar uma saída”, disse Dino ao citar, por exemplo, a dificuldade na reabilitação e ampliação de leitos.
Em segundo lugar, de acordo com Flávio Dino, é o exaurimento da própria sociedade. “Há um stress coletivo, justo e compreensível de uma sociedade que é ameaçada e agredida todos os dias pelo presidente da República”, pontuou Dino.
Por último, ele citou que hoje o país encontra mais dificuldade diante do Congresso Nacional em fazer fluir uma agenda. “Basta que nós examinemos o que ocorreu com o auxílio emergencial, um inusitado sequestro. O auxílio emergencial virou um refém que tem que pagar o resgate que é a PEC dita emergencial, que contém sérias anomalias e pretendendo de modo prepotente perenizar algo que está sujeito a contingências da política e do mercado”, disse o governador do Maranhão.
Para ele, o auxílio emergencial dessa maneira será um desastre da mesma maneira que aconteceu com o Teto de Gastos na Constituição Federal. “Agora querem perenizar visões de projetos econômicos. Para que tenhamos um auxílio emergencial é preciso pagar esse resgate, o que significará um constrangimento ao futuro da nossa nação”, concluiu Flávio Dino.
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(BL)