Na busca pela “borda” do mundo terraplanistas se perdem
Na tentativa de chegar à “borda do mundo” para provar que a Terra não é redonda, um casal de terraplanistas italiano se perdeu em alto mar e precisou ser resgatado, asseverou o jornal argentino Clarín, que inclusive divulgou uma foto da embarcação.
Como já teve terraplanista fazendo os planos mais mirabolantes para provar que o errado é o certo, a notícia merece certo crédito. Em fevereiro, um terraplanista norte-americano finou-se ao subir aos ares em um foguete improvisado, que deu chabu.
Relata o Clarín que o casal saiu da Sicília, no Mar Mediterrâneo, para seu sensacional experimento.
Deram até sorte: ali em frente, no lado africano do Mar Mediterrâneo, ficam os campos de escravos da Líbia, gentileza da Otan, cuja hospedagem não é das melhores.
Que riscos uma mente arguta não se dispõe a correr pelo avanço da ciência terraplanista.
A bem da verdade, levantar âncora do Mar Mediterrâneo, que só tem duas saídas, uma pelo Estreito de Gibraltar, outra pelo Canal de Suez, para provar o terraplanismo, teria, como equivalente ao sul do Equador, navegar na Lagoa Rodrigo de Freitas com a mesma intenção.
Mas a odisseia terraplanista acabou tendo um final feliz, graças à sorte de esbarrarem com um funcionário italiano do Ministério da Saúde, Salvatore Zichichi, e seu barco
Segundo o relato, Zichichi ajudou o casal a usar uma bússola para navegar de volta para o porto
“O engraçado nisso é que eles usaram uma bússola que funciona de acordo com o magnetismo da Terra, um conceito que, como pessoas que acreditam na Terra plana, deveriam rejeitar”, assinalou o salvador.
Foi um final feliz – apesar do obscurantismo militante – mas não sem contratempos. O casal teve de ficar em quarentena por várias semanas por causa da pandemia da Covid-19.
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