Em meio às investidas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contra os direitos dos índios, mulheres de diversas etnias ocuparam o prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (12).

Em meio às investidas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contra os direitos dos índios, mulheres de diversas etnias ocuparam o prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (12).
No ato pela “defesa do subsistema de atenção à saúde indígena”. As manifestantes ocuparam o 4º andar do edifício e protestaram, em forma de dança e música contra a municipalização da atenção de saúde aos indígenas, que retira a obrigação do governo federal de prestar o atendimento à população.
Desde domingo (11), as indígenas estão acampadas no gramado da Funarte . Elas vieram de diferentes regiões do país para a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas.
Entre as mudanças na pasta anunciadas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em março deste ano, está a extinção da Sesai. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a mudança prevê ainda a municipalização dos serviços de saúde para os povos indígenas, o que pode não assegurar a diversidade no atendimento.
Segundo a coordenadora nacional da APIB, Sônia Guajajara, o protesto reuniu cerca de 115 etnias diferentes. “Não vamos aceitar a municipalização da saúde indígena. Nós, mulheres, não temos a obrigação de aceitar qualquer imposição que venha destruir a nossa saúde, a nossa vida”, disse.
A 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, que acontece em Brasília, começou na última sexta-feira (9) e tem previsão de término para a próxima quarta-feira (14), tendo como tema: “Território: nosso corpo, nosso espírito”. A Marcha é uma conquista de muitas mulheres, pertencentes a diversos povos que lutam diariamente a fim de dar visibilidade e voz para as suas causas próprias.