O Assessor Especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins.

O Ministério Público Federal (MPF) convocou o Assessor Especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, a prestar esclarecimentos sobre o gesto feito por ele em audiência no Senado, durante a fala do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, em março.

O gesto foi considerado de conotação racista pela Polícia do Senado, que enviou o caso para o MPF. O gesto é usado como uma saudação disfarçada entre supremacistas brancos nos Estados Unidos que exaltam o que chamam de “white power” (poder branco).

Filipe Martins estava acompanhando a audiência em que o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, dava explicações sobre a atuação do Itamaraty durante a pandemia do coronavírus, e fez o gesto com as mãos durante a fala do presidente do Senado, chocando os parlamentares, que reagiram indignados.

O MPF deu o prazo de dez dias para que Filipe Martins se manifeste e dê a sua versão dos fatos. Ele foi indiciado com base na lei 7.716, que trata sobre “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Mesmo depois do ocorrido, Filipe Martins continua como o principal assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro.