Pazuello

A Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF) abriu um inquérito civil para investigar as omissões do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a crise da Covid-19, que caracterizam improbidade administrativa.

O Ministério Público investigará a ilegalidade da compra de remédios sem eficácia contra a doença, como a hidroxicloroquina, com recursos específicos para o combate ao coronavírus, e a omissão frente a ofertas de venda de vacinas.

O inquérito também vai apurar a baixa execução orçamentária dos recursos destinados ao combate à pandemia.

A procuradora Luciana Loureiro, do MP-DF, pediu à Procuradoria-Geral da República que notifique os Comandos do Exército e da Aeronáutica para que informem quais órgãos foram mobilizados para a distribuição da cloroquina comprada pelo Ministério da Saúde.

Loureiro também perguntou ao Conselho Federal de Medicina sua posição em relação ao aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde, que indica aos médicos que receitem cloroquina para os infectados pelo coronavírus.

A procuradora também perguntou ao secretário-executivo do Ministério, Elcio Franco, o porquê de terem tirado do ar o app. Elcio tem 15 dias para responder.

Além disso, Luciana Loureiro pediu uma posição oficial do Laboratório Merck, que produz a ivermectina, remédio que Bolsonaro jura que tem efeito contra a Covid-19, sobre o uso da substância no tratamento da doença. O Laboratório já emitiu uma nota afirmando que faltam bases científicas para dizer que o medicamento é eficaz nesse tratamento.

Em relação à vacinação, o MP-DF pediu que Pazuello diga quantas doses já foram compradas e quanto dinheiro já foi empenhado nas negociações. Também foram requeridas informações sobre reuniões com a Pfizer, Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que tiveram como fim a negociação da compra de vacinas.