Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) realiza rrParticipam:rsenador Tasso Jereissati (PSDB-CE); rsenadora Rose de Freitas (Podemos-ES); rsenador Antonio Anastasia (PSDB-MG);rsenador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).rrFoto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Medida Provisória editada por Jair Bolsonaro que tira a obrigatoriedade de empresas de capital aberto de publicarem seus balanços financeiros em jornais impressos foi rejeitada por 13 a 5 em comissão mista no Congresso Nacional.
Quando editou a MP 892, Jair Bolsonaro ironizou a medida, dizendo que ela visava ajudar “essa imprensa que eu tanto amo”.
Todos os anos as empresas de capital aberto, entre elas a Petrobrás, publicam seu balanço financeiro nos jornais impressos de grande circulação. A prática gera à imprensa cerca de R$ 600 milhões.
A comissão mista que avaliou o projeto recusou, por 13 votos a 5, o relatório da senadora Soraya Thronicle (PSL-MS), que seguia a linha de Bolsonaro de perseguir a imprensa.
O voto em separado da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), que rejeitou o mérito da MP e questionou sua constitucionalidade, foi aprovado pela comissão. O relatório ainda será votado nos plenários da Câmara e do Senado.
A MP derrotada foi mais um ataque de Bolsonaro perpetrado contra a imprensa.
Logo que se elegeu, em outubro do ano passado, ele atacou e ameaçou o jornal Folha de S. Paulo.
Numa entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, dada após a vitória nas urnas, Bolsonaro chamou a Folha de “indigna” e que ela não receberia verbas publicitárias do Governo Federal. Segundo ele, “esse jornal se acabou”.
Recentemente ele disparou impropérios contra a TV Globo, por ter publicado matéria sobre o porteiro do condomínio onde ele mora, o Vivendas da Barra. Segundo a matéria, o porteiro garantiu em depoimento que foi “Seu Jair” quem autorizou a entrada de um dos assassinos de Marielle Franco no condomínio, no dia do crime.
A matéria ressalva que o depoimento do porteiro estava em contradição, pois Bolsonaro estava em Brasília nesse dia. Mesmo assim, ele atacou a emissora, ameaçando não renovar a concessão em 2022.