Mourão defende auxílio: “A gente não pode ser escravo do mercado”
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou na sexta-feira (12) que o governo “não pode ser escravo do mercado” ao ser questionado sobre a repercussão no mercado financeiro da concessão do auxílio emergencial e o impacto nas contas públicas.
“Minha gente, a gente não pode ser escravo do mercado”, respondeu Mourão.
“Nós temos aí uns 40 milhões de brasileiros que estão em uma situação difícil, a gente ainda continua com a pandemia, a gente acredita que mais uns três, quatro meses a gente tenha uma produção de vacina capaz de começar um processo de imunização consistente”, completou o vice-presidente.
Mourão comentou que o governo está buscando meios para financiar a retomada do auxílio.
“Em linhas gerais, ou você faz um crédito extraordinário, aí seria o tal do orçamento de guerra, ou corta dentro do nosso orçamento para atender às necessidades. Não tem outra linha de ação fora”, analisou o vice-presidente, durante entrevista no Palácio do Planalto.
Ele avaliou ainda que “é uma situação difícil”, mas Bolsonaro “vai buscar a melhor solução”.
Segundo o vice-presidente, Bolsonaro é “obrigado a decidir” algum jeito de retomar o benefício para a população vulnerável e que, qualquer que seja a decisão, ele “vai tomar pau”.
Cobrado pelos novos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Bolsonaro declarou que o retorno do benefício está “quase certo” para começar a ser pago em março.