Morre Simão Almeida; PCdoB homenageia legado
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) emitiu nota de pesar pelo falecimento, nesta quarta-feira (29), do histórico dirigente comunista, Simão Almeida Neto, vítima de complicações decorrentes da Covid-19.
Assinada pela presidenta nacional do partido, Luciana Santos, a nota destaca que Simão “representou com garra e sabedoria nossa legenda em várias eleições, e muito contribuiu para elevar o nível de organização e mobilização da classe trabalhadora e do povo paraibano”.
Leia a íntegra:
Às vésperas do Ano Novo, nesta quarta-feira (29), faleceu Simão de Almeida Neto, destacada liderança política da Paraíba e histórico dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Quando veteranos da estirpe valiosa do camarada Simão partem, a notícia dolorosa nos impacta — nos tira o chão dos pés.
Neste momento difícil, abraço afetuosamente sua companheira Marinês, e seus filhos: Emília, Camila, Virgínia, João Pedro, João Maurício e Gabriel. Rendo, igualmente, meus sentimentos aos camaradas, amigos e amigas da Paraíba.
Simão tinha 77 anos e faleceu vítima da Covid-19 e teve morte encefálica. Por quase meio século, foi dedicado militante do PCdoB, tendo sido membro de seu Comitê Central. Foi deputado estadual pela Paraíba, gestor público em várias funções e um dos principais edificadores do Partido no estado.
Representou com garra e sabedoria nossa legenda em várias eleições, e muito contribuiu para elevar o nível de organização e mobilização da classe trabalhadora e do povo paraibano.
Simão começou sua militância social e política nos anos 1960, no movimento estudantil secundarista, na cidade de Campina Grande. Trilhou o mesmo caminho de muitos outros expoentes de sua geração: militou na JEC (Juventude Estudantil Católica), na JUC (Juventude Universitária Católica), na Ação Popular (AP) e, por volta de 1973/74, entrou com seus camaradas da AP no PCdoB.
Clandestino, participou da resistência contra a ditadura militar. Durante anos, trabalhou e morou na região do Bico do Papagaio, antigo norte de Goiás, hoje Tocantins, participando de tarefas relacionadas à Guerrilha do Araguaia.
Depois da Anistia, em 1979, retornou à Paraíba, tornando-se uma liderança política respeitada pelo campo democrático e progressista, e muito querido pela militância comunista.
Soube associar o papel de liderança política com o trabalho de construção do Partido, quando ajudou a formar novas gerações de revolucionários/as. O Partido Comunista do Brasil chega ao seu Centenário pelo legado de lideranças da estatura de Simão Almeida Neto.
Simão, presente, hoje e sempre!
Recife, 29 de dezembro de 2021.
Luciana Santos
Presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
(PL)