Madeleine Albright avaliou que para os EUA fora necessário matar meio milhão de crianças iraquianas

A criminosa de guerra Madeleine Albright, ex-secretária de Estado do governo Bill Clinton, morreu de câncer na quarta-feira (23) ao lado dos familiares aos 84 anos. Ela foi a peça-chave das agressões dos EUA contra a Iugoslávia e o Iraque.

Certamente fica gravada na história a entrevista ao programa ’60 Minutos’ da rede de TV CBS, em que ela, ao ser indagada pela jornalista Leslie Stah, sobre se valeu a pena impor as sanções econômicas ao Iraque, que mataram meio milhão de crianças iraquianas com menos de cinco anos, respondeu com um “valeu”.

Stah diz a ela que, segundo a ONU, por causa do bloqueio morreram mais de meio milhão de crianças iraquianas, “mais do que em Hiroxima”, e pergunta se, sob o ponto de vista dos Estados Unidos, “esse preço valera a pena?”

Sem se alterar, Albright diz que é “uma escolha muito difícil”, para concluir que “nós achamos que valeu”.

Era a secretária de Estado de Clinton quando dos 78 dias de bombardeio à Iugoslávia, à revelia da ONU, que matou cerca de cinco mil civis, feriu muitos mais, numa campanha aérea que não poupou sequer trens de passageiros, asilos de idosos e até a TV estatal e a embaixada chinesa em Belgrado através da mesma Otan que hoje ameaça as fronteiras da Rússia e treina os nazistas do Batalhão Azov.

Certos círculos se lembrarão dela como “a primeira mulher” a encabeçar a maligna Secretaria de Estado norte-americana, ou por sua condição de ex-refugiada – nascera em Praga.

Dela disse seu ex-parceiro de crimes de guerra, Clinton: “até nossa última conversa, há apenas duas semanas, ela nunca perdeu seu grande senso de humor ou sua determinação de sair com as botas, apoiando a Ucrânia em sua luta para preservar a liberdade e a democracia.”

Nas redes sociais, outros a chamaram pelo que ela era, indiscutivelmente: “assassina a sangue frio”. Alguns registraram como ela havia passado de “ser uma refugiada” para “criar milhões delas”.