Derrubada de monumento que simboliza a expulsão dos nazistas da Polônia é televisionada

O Instituto da Memória Nacional da Polônia derrubou, na terça-feira (23), um monumento de 5 metros de altura que homenageava os soldados soviéticos que tombaram em combate para libertar a Europa do nazismo.

O presidente do Instituto de Memória Nacional, Karol Nawrocki, fez uma estúpida comparação da estrela vermelha, símbolo do socialismo soviético, à suástica da Alemanha nazista.

Enquanto derrubava o obelisco construído em 1949, Nawrocki não fez nenhuma menção aos 26 milhões que morreram sob a agressão nazista à URSS, em especial aos soldados soviéticos que libertaram a Polônia e o restante da Europa do jugo nazifascista.

“O símbolo da estrela vermelha, como a suástica alemã, é responsável pela eclosão da Segunda Guerra Mundial”, mentiu enquanto assistia a derrubada do monumento na vila de Chrzowice.

No monumento estava escrito, em russo e em polonês, “glória eterna aos heróis do Exército Soviético que morreram pela liberdade das nações em 1945”.

Segundo Karol Nawrocki, “não há lugar no espaço público da Polônia livre, independente e democrática para monumentos com uma estrela vermelha. Por trás deste símbolo estão os crimes do sistema comunista”.

Ao tentar desautorizar os dirigentes russos, o chefe do Instituto de Memória Nacional, acabou os elogiando quando disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem inspiração em Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lênin e Josef Stalin.

“Infelizmente, até hoje, figuras relacionadas à ideologia simbolizada pela estrela vermelha – Marx, Engels, Lenin e Stalin – dominam o cérebro e o coração dos governantes da Federação Russa, que estão barbaramente tentando demolir a Ucrânia independente”.

Karol Nawrocki fez um discurso tentando incentivar outras cidades a quererem derrubar seus monumentos que homenageiam aqueles que derrotaram Adolf Hitler na 2ª Guerra Mundial.

A destruição de memória acontece em meio às perseguições que estão sendo feitas contra a história e a cultura da Rússia sob pretexto da crise na Ucrânia. Há uma campanha, incentivada pelos Estados Unidos, para “cancelar” qualquer coisa associada à Rússia.

A FIFA expulsou a Rússia das classificatórias da Copa do Mundo no Catar, país governado de forma absolutista por uma família e que é condenado por graves denúncias de violações dos direitos humanos.

O enxadrista Sergey Karjakin, que já foi o número dois do mundo, foi suspenso por seis meses de competições internacionais por não ter endossado a posição pró-Otan e russofóbica que tentam generalizar.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) baniu os atletas russos e bielorrussos por conta do conflito com o qual não têm nada a ver.