Interferência na PF: Ministro do STF determina depoimento de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinou nesta sexta-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal. De acordo com o magistrado, como Bolsonaro é investigado no caso, não cabe depoimento por escrito.
A notícia ganhou destaque nas redes. Para deputados do PCdoB, desta vez, Bolsonaro não poderá fugir.
“Urgente e inédito! Bolsonaro é a maior humilhação que a instituição Presidência da República poderia sofrer em nossa história republicana. Depoimento presencial já vai ser problema. Agora, se chamarem o Bolsonaro para um debate, ele arruma até outra facada”, ironizou o deputado Orlando Silva (SP), vice-líder da Oposição.
O mesmo tom assumiu o vice-líder da bancada do PCdoB, deputado Márcio Jerry (MA). “Tem que depor, Jair Bolsonaro. Não vai inventar desculpa pra não ir… Te explica.”
Vice-líder da Minoria na Câmara, a deputada Alice Portugal (BA) afirmou que desta vez não há escapatória: “Não vai poder fugir, Bolsonaro!”.
O inquérito, aberto em maio, tem como base acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, feitas em coletiva à imprensa quando decidiu sair do governo. Bolsonaro nega ingerência na Polícia Federal.
A polícia pediu ao STF mais 30 dias para concluir a apuração do caso.
Celso de Mello também permitiu, na decisão desta sexta, que a defesa de Moro possa acompanhar o interrogatório e fazer perguntas ao presidente.
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(PL)