Milhares de militantes do Partido Comunista do Brasil se deslocaram a Brasília para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Inúmeras caravanas vindas de estados longínquos ficaram muitas horas nas estradas, disposição que mostra a enorme expectativa em relação ao novo governo.

Já em Brasília, participou do reveillon nas ruas da Capital Federal, comemorando não apenas um novo ano, mas a volta da democracia no Brasil.

Na manhã deste 1º de janeiro, muitos quilômetros de fila de espera para ter acesso ao gramado em frente ao Palácio do Planalto não intimidaram. Por questões de segurança, o espaço foi l.imitado a 30 mil pessoas, apenas 10% do número estimado de pessoas que foram à Capital Federal.

Gustavo Alves conversou com pessoas que esperam ver um país melhor com a posse de Lula. O presidente do PCdoB/SP, Alcides Amazonas que coordenou a delegação do Estado. “Estamos aqui porque hoje é um dia histórico, pela terceira vez elegemos um operário para dirigir os destinos do nosso país e detonar o fascismo, por que aqui não tem espaço para o fascismo”, declarou, chamando atenção também para o fato de que o mundo todos está de olho no Brasil.

Entre os presentes, Nivaldo Santana, secretário Sindical Nacional do PCdoB, comemorou a grande presença de pública para a festa da posse. “Estamos aqui neste dia 1º, na Esplanada dos Ministérios, com uma multidão de militantes, ativistas e gente de todos os lugares do Brasil para celebrar a grande vitória da democracia, com e eleição de Lula e Alckmin e a derrota da extrema direita. Viva a democracia, viva um novo Brasil, com Lula na presidência.

Tina, de São Bernardo do Campo, diz que “aqui estamos no apoio ao nosso presidente Lula. A comunidade da periferia, das favelas está aqui”.

De Santa Catarina, Frida Oliveira falou emocionada sobre estar presente a esse momento histórico. “Estamos aqui com muita emoção. É um momento inesquecível, foram quatro anos de muito sofrimento e hoje nós estamos resgatando aquilo que é nosso de direito: Brasil livre, Brasil para todos, sem fome, sem miséria, com educação e saúde para todos”.

Entrevistado por Luana Bonone, Valter Lins, educador de Xingu, no Pará, conta que fizeram uma vaquinha para conseguir chegar a Brasília. “Viemos em caravana, fizemos umaa conexão com mais pessoas lá de Redenção, umas 40 pessoas e viajamos mais de 30 horas”, conta. Para conseguir chegar perto da rampa por onde deverá subir o presidente Lula, Valter acordou às 5h da manhã. As imagens da galeria são de Adriano Gomes.