16 países já aprovaram o uso emergencial da vacina Sputnik V 

A Comissão de Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) do México, que tem papel similar à Anvisa na regulamentação do uso de medicamentos a serem utilizados pelos mexicanos, “acaba de conceder autorização para o uso emergencial da vacina Sputnik V da Rússia”, anunciou Hugo López Gatell, subsecretário de Saúde e estrategista contra a pandemia no país, em coletiva de imprensa, na terça-feira (02).

O presidente López Obrador informou, após uma conversa com Vladimir Putin em 25 de janeiro, que o país compraria 24 milhões de doses da Sputnik V, desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Gamaleya, de Moscou.

Uma vez autorizado o uso do imunizante russo, López Gatell assinalou que os russos têm “o compromisso de enviar 400 mil doses ao México em poucos dias”, que serão aplicadas em 200 mil pessoas por tratar-se de uma fórmula que necessita duas aplicações.

Ele disse que o México já assinou o contrato de compra da vacina e que o documento já foi enviado à Rússia.

A aprovação no México aconteceu no mesmo dia em que a revista “The Lancet” publicou estudos que mostram que a Sputnik V tem uma eficácia de 91,6% contra a Covid-19.

O México se junta a outros 15 países da Europa, Ásia, América Latina, Oriente Médio e África, que, além da Rússia, já aprovaram a vacina e a estão ministrando a suas populações. No Brasil, com a publicação do artigo sobre a comprovada eficácia da vacina russa, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) evoluiu para admitir a possibilidade de liberação da Sputnik V para uso emergencial sem a necessidade anterior de realização da fase 3 dos testes clínicos em solo nacional.

O México esteve entre os primeiros países latino-americanos a aplicar a vacina contra Covid-19 no dia 24 de dezembro, seguido, no mesmo dia, pelo Chile e pela Costa Rica.

O país, com 126 milhões de habitantes, acumula 1.874.092 casos de contaminação pelo coronavírus e 159.533 mortes por Covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.

A vacina Sputnik V é o 3º imunizante aprovado no país. Até agora, só havia sido utilizada a formulação produzida pela parceria Pfizer/BioNTech, aplicada a profissionais de saúde de todo o país e a professores do sul do México. A terceira contratada é a da AstraZeneca/Oxford.

Pessoas com mais de 60 anos nas grandes e médias cidades serão as próximas a serem vacinadas na segunda fase da imunização, mas não poderão escolher qual vacina receber.