Deputados do PCdoB usaram suas redes sociais para prestar solidariedade ao povo e governo cubanos, além de cobrar o fim do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha desde 1962. Na prática, o bloqueio impede a relação comercial de Cuba com outros países, dificultando a aquisição de alimentos, medicamentos, combustíveis e demais mercadorias. Na pandemia, até a aquisição de respiradores e máscaras foi prejudicada pelo embargo.

O presidente norte-americano, Joe Biden, mantém os 243 dispositivos estabelecidos por Donald Trump, sem sinais de que vai revogá-los, mesmo depois da última manifestação na Organização das Nações Unidas (ONU), condenando o embargo. O repúdio foi acompanhado por 184 países, mas ainda assim, Biden mantém a posição do país com apoio do governo israelense. De acordo com o governo cubano, as sanções causaram prejuízos superiores a US$ 9 bilhões de dólares em 2020, cifra recorde nas quase seis décadas de repressão.

Para o líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), o bloqueio econômico é o principal motivo das dificuldades enfrentadas por Cuba e que levaram manifestantes às ruas do país.

“O aumento de medidas restritivas impostas pelos Estados Unidos, desde janeiro, agrava ainda mais a situação. Isso sem falar na maior crise sanitária deste século, que assola o planeta. Em quase seis décadas, os EUA aplicaram 243 medidas coercitivas unilaterais contra Cuba, que geraram um prejuízo acumulado de US$ 147,8 bilhões, conforme a imprensa. A melhor forma de ajudar o povo cubano hoje é suspender o embargo econômico que trava as possibilidades do desenvolvimento da ilha. O presidente dos EUA, Joe Biden, poderia aproveitar o momento para fazer esse gesto humanitário histórico. Ele poderia liderar esse processo já que a suspensão exige aprovação do Congresso americano”, apontou o parlamentar.

Segundo Renildo, é “inaceitável e desumano” que o bloqueio seja mantido. “Se Cuba não tivesse esse embargo econômico, poderia ser uma nação muito mais desenvolvida. O povo é bem preparado e educado. É o primeiro país da América Latina a criar a própria vacina contra a Covid-19. Os cubanos, entretanto, não conseguiram nem comprar respiradores em razão do bloqueio americano”, destacou.

A vice-líder da Minoria, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), reforçou o apelo pelo fim do embargo. Segundo ela, “se queremos ajudar Cuba, precisamos ser contra o bloqueio criminoso norte-americano e solidários com o povo e a Revolução Cubana”.

A parlamentar lembrou ainda que as sanções impostas à ilha são fruto de represália por Cuba ter impedido o enriquecimento das elites locais e estrangeiras que geravam extrema pobreza ao povo daquele país.

“O povo cubano, corajosamente, fez a sua revolução para impedir que as elites locais, estrangeiras, continuassem se locupletando do paraíso fiscal e gerando pobreza extrema no seu povo. E essa revolução fez com que Cuba, hoje, fosse uma referência mundial na educação, na saúde, na inovação, na ciência e nas próprias relações entre o Estado e a sociedade. A maioria do povo cubano apoia o seu governo e a revolução socialista. E por isso mesmo, o capitalismo, através do imperialismo norte-americano, não aceita aquela referência e já colocou mais de 243 sanções econômicas num criminoso bloqueio americano à ilha de Cuba. Por isso, se queremos ajudar Cuba, precisamos ser contra o bloqueio criminoso norte-americano e sermos solidários com o povo e com a Revolução Cubana”, disse a parlamentar.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também se manifestou. “Minha integral solidariedade à Cuba, que há décadas não se rende ao imperialismo e segue sendo punida por um criminoso bloqueio econômico. Em abril, o bloqueio dos EUA impediu a chegada de máscaras e respiradores, enviados pela China. É um bloqueio genocida”, destacou.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) reiterou o apoio do partido ao povo e governo cubanos. “O Partido Comunista do Brasil, sua direção e sua militância, mais uma vez, se colocam ao lado do povo cubano e sua defesa da Revolução. Rendemos homenagens às suas conquistas, sua resiliência e sua importância histórica para os avanços populares na América Latina.”

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também manifestou seu apoio, assim como a correligionária Perpétua Almeida (AC). Segundo Orlando, Cuba resiste a um embargo “criminoso por décadas a fio” e destacou que “em um país pobre e boicotado, não há fome e a educação e a saúde são referências para o mundo”.

Da redação
(PL)