Profissionais da saúde no Maranhão, estado com menor taxa de mortalidade por Covid do país

O sucesso do Maranhão, sob o comando do governador Flávio Dino (PCdoB), no enfrentamento à pandemia foi destaque na edição da revista Veja desta semana. A adoção de uma série de políticas locais de ampliação e fortalecimento da rede pública de saúde e medidas de contenção da disseminação do vírus levaram o estado, historicamente marcado pela pobreza, a ter a menor taxa de mortes por Covid-19 do país.

Conforme dados das secretarias de Saúde, do Ministério da Saúde e da Universidade Johns Hopkins, hoje o Maranhão tem uma taxa de 105,1 óbitos por Covid-19 por 100 mil habitantes. O índice chega perto do da Alemanha (101,21), é menor do que o da Suécia (137,58), corresponde a quase metade da taxa nacional (197,2) e a 1/3 do Amazonas (306,2).

A revista aponta, como algumas das medidas adotadas pela gestão de Flávio Dino, a descentralização do atendimento de saúde e a divisão do estado em 18 sub-regiões desde antes da pandemia. “Cada uma dessas áreas conta com ao menos um hospital administrado pelo estado e que está localizado a no máximo 70 quilômetros das cidades que a integram. Assim, a capital São Luís não correu o risco de colapsar com as chegadas de pacientes do interior, como aconteceu em Manaus. Dino também transformou alguns dos hospitais de campanha em equipamentos permanentes e aplicou os recursos extras do governo federal na ampliação de centros de atendimento já existentes ou na conclusão de obras em andamento”, escrevem os jornalistas Edoardo Ghirotto e Juliana Castro.

Também contribuiu o fato de as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) — que normalmente são administradas pelos municípios — estarem sob o comando do estado, o que acabou ajudando no atendimento em rede, facilitando a transferência de casos mais graves para hospitais de média e alta complexidade.

Em declaração dada em abril, quando o Maranhão já era o estado com menor número de óbitos pela doença, o secretário de Saúde, Carlos Lula, explicou: “Os investimentos realizados, antes mesmo do primeiro caso da Covid-19 ser registrado no Maranhão, foram e têm sido decisivos para garantir a baixa taxa de mortalidade pela doença no estado e a disponibilidade de leitos, sobretudo aos casos mais graves da doença”.  De acordo o governo do Maranhão, somente em 2020, foram investidos em saúde 15,11% da receita do estado, quando o mínimo legal é de 12% da receita.

Emprego de recursos públicos salva vidas

Por trás desta e de uma série de outras políticas públicas que têm mudando a cara do Maranhão nos últimos anos está a visão política e social do governador Flávio Dino (PCdoB), que tem combatido a pobreza e as desigualdades por meio de investimentos públicos em áreas estratégicas, como saúde, educação, assistência social e geração de emprego e renda.

Em recente entrevista concedida ao Instituto Edésio Passos, o governador destacou que o Maranhão possui “um modelo de gestão que busca todos os dias densificar, vivenciar o princípio da eficiência e da economicidade. Então, eu acho que essa é uma lição: o emprego dos recursos públicos e você ter um aparato administrativo, um aparato técnico sintonizado com a principiologia constitucional, salva vidas. Essa é a resposta mais cabal que eu posso dar. Dependendo de como você gerencia o dinheiro público, você produz resultado A, B, C, ou D e, portanto, é absolutamente falsa esta ideia que tanto faz votar em A, B ou C, porque basta consultar os indicadores atinentes ao coronavírus no Brasil”.

Flávio Dino também tem sido um dos maiores opositores da política genocida do governo Bolsonaro e sempre se contrapôs à falsa dicotomia entre saúde e economia, fator que é fundamental para lidar com a crise atual: “Desde o início eu tenho destacado que só há um jeito sério de cuidar de economia e empregos: é enfrentando a pandemia. Quem enfrenta a pandemia de verdade é que, de fato, está protegendo a economia”.

 

Por Priscila Lobregatte

Com agências