A jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila, voltou a se manifestar, pelas redes sociais nesta quarta-feira (29), contra o machismo que prevalece especialmente no mundo político, resultando em graves episódios de violência de gênero.

“Por que a violência política de gênero segue sendo validada?”, questionou Manuela ao citar duas situações de ataques machistas desferidos contra duas parlamentares na semana passada.

Um dos episódios envolveu a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que foi chamada de ‘descontrolada’ por Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), durante sessão da CPI da Covid do dia 21 de setembro. O outro diz respeito à deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), ameaçada através de um tuíte de um homem que dizia que a ‘socaria’‘até ser preso’.

“Ainda somos minoria no Congresso Nacional, apenas 15%, e as poucas mulheres que ocupam esse lugar ainda lidam com violência verbal, simbólica e sexual entre seus pares e na internet. Não foram poucos que relativizaram essa violência, com a desculpa de que pelas diferenças políticas, umas ‘merecem’ ser atacadas e outras não”.

Manuela lembrou que “não é de hoje que as mulheres são atacadas no ambiente político. Desde que atuava como deputada, a nossa presença nos espaços era questionada. Com Dilma Rousseff, Maria do Rosário, Marina Silva, Isa Penna e tantas outras mulheres não foi diferente”.

 

 

 

Por Priscila Lobregatte