Porto Alegre precisa de outro caminho, diz Manuela. Foto: reprodução

A candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre, Manuela d’Ávila, participou nesta segunda-feira (28) do primeiro debate entre candidatos, promovido pela Rádio Gaúcha. Devido à pandemia, o evento foi realizado com os participantes em seus respectivos carros no estacionamento do Grupo RBS.

“O próximo governo enfrentará dificuldades profundas. Minha prioridade como prefeita será garantir que o povo de Porto Alegre tenha acesso à vacina; construir relação com os professores, alunos e instituições de ensino para recuperar o ano letivo; ter um plano de assistência para que a nossa cidade seja uma capital sem fome, com o Fome Zero municipal, e criar um amplo programa de geração de trabalho e renda baseado em microcrédito e compras públicas municipais”, disse Manuela.

Mais adiante, respondendo ao questionamento de um dos candidatos, Manuela destacou: “vou governar ouvindo as pessoas, com participação popular  — o que, aliás, foi uma marca incrível das administrações da Frente Popular em Porto Alegre, que começaram com Olívio Dutra”, explicou. E completou: “Irei governar com prioridades, olhando para todas as pessoas, incluindo aqueles e aquelas que empreendem. Vamos gerar empregos e não apenas no centro da cidade. Porto Alegre é imensa, com regiões inteiras que foram abandonadas nos últimos anos”.

Manuela também enfatizou o papel das mulheres. “Minha experiência é a experiência da luta das mulheres dessa cidade e tenho um orgulho tremendo de compartilhar com essas mulheres a minha história e as minhas vitórias”.

Ao falar sobre educação, questionou: “Dá para acreditar que em plena pandemia o prefeito [Nelson Marchezan Jr., do PSDB] demitiu as merendeiras da nossa rede municipal e das conveniadas?”. Na sequência, falou sobre a recuperação das aulas devido à suspensão durante a pandemia. “Para recuperar o ano letivo, temos de ter foco no turno e contraturno nas escolas”, afirmou. “Além disso, vamos ter de enfrentar a evasão escolar que virá com a volta do trabalho infantil e para isso, teremos um projeto de Renda Básica Infantil”.

A candidata do PCdoB colocou, por fim, que “Porto Alegre precisa de outro caminho, um caminho que coloque as pessoas no centro do debate político, que olhe para cada mulher, cada homem, cada comunidade e diga “vem junto”. É possível criar uma administração em que a solidariedade nos paute. É possível construir uma cidade em que mulheres e homens sejam respeitados, que crianças não fiquem nas sinaleiras e que os políticos não tratem essas crianças de maneira diferente da que tratam seus próprios filhos”.

Por Priscila Lobregatte

 

Para assistir o debate, clique aqui