Manuela: “O Estado é fundamental no processo de geração de emprego”
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, participou do debate “Perspectiva para um projeto de Brasil soberano”, nesta quinta-feira (3), na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ – local histórico de lutas pela democracia e liberdades. Manuela defendeu que o Estado é fundamental no processo de geração de emprego e de distribuição de renda.
“Para nós o fortalecimento do Estado é a ideia de que não existe nenhum país no mundo, nenhuma forma de desenvolvimento, que não passe por um estado que conduza isso”, disse.
“Eu, que sonho em distribuir riqueza, ainda não sei a fórmula mágica de distribuir riqueza sem gerá-la. E também não tenho a fórmula mágica de gerar emprego se não for a partir do setor produtivo, porque o capital especulativo – dinheiro ganho sobre o dinheiro com taxas de juros escorchantes – não gera emprego”, afirmou a pré-candidata.
Manuela citou que o projeto de desenvolvimento do país no século 21 passa estruturalmente por três características: a obsessão pela diminuição das desigualdades, principalmente de gênero e raça, pela questão da sustentabilidade e por uma abertura radical do Estado, a partir de mecanismos de participação direta da sociedade.
“A desigualdade no Brasil é estruturada sobre gênero e raça. Enquanto não entendermos isso, não teremos um país com um projeto nacional de desenvolvimento soberano. As grandes potencialidades do desenvolvimento no Brasil passam pela sustentabilidade”, frisou.
Na questão democrática, Manuela citou que é fundamental reagir à prisão arbitrária do ex-presidente Lula.
“A primeira reflexão que devemos fazer para pensarmos na construção de um projeto nacional de desenvolvimento é que precisamos garantir a legitimidade e legalidade do processo eleitoral de 2018”.
“A maior conquista da Constituição de 1988 é a ideia de quem escolhe os seus representantes deste país é o povo”, afirmou.
Manuela ressaltou que a luta pelo direito ao voto marca a trajetória do PCdoB. “Lutamos pelo voto dos analfabetos, dos negros e das mulheres. A luta pela democracia no Brasil sempre foi uma luta relacionada a ampliação do direito ao voto. Agora, ela é marcada de uma outra maneira. Não mais pelo direito ao voto, mas por quem o povo pode escolher”.
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