A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila reforçou que é preciso transformar o processo eleitoral em um momento de debate sobre os rumos para o Brasil, durante encontro com sindicalistas e metalúrgicos, na tarde desta sexta-feira (25), na capital paulista. Manuela enfatizou que a saída para a atual crise são as eleições livres. “O Brasil deve ser livre para construir o seu caminho”, frisou.

“Para o PCdoB, nesse momento de crise é preciso reafirmar que a saída para a crise são as eleições livres. Precisamos transformar as eleições em um espaço de reflexão sobre os rumos para o país. É o momento de debatermos sobre o projeto de desenvolvimento do Brasil”, ressaltou a pré-candidata.

A imagem pode conter: 1 pessoaManuela enfatizou que o grande problema para enfrentar a atual situação do Brasil, com a greve dos caminhoneiros que já chegou ao quinto dia, é a ilegitimidade e a fraqueza do governo de Michel Temer.

“O atual governo não é comprometido com o Brasil e com o povo brasileiro, e, portanto, o conjunto de medidas adotadas por Temer entre ontem e hoje para resolver a crise não enfrenta o tema central. Que é qual? A forma como esse governo trata o conjunto das nossas empresas públicas, dentre elas, a Petrobras. Ou seja, eles mexem no conjunto de medidas tentando resolver os temas patronais, mas não dialogam com uma questão central, que é o fato de termos uma empresa estatal, como é a Petrobras, e o presidente Pedro Parente falar que a única coisa que não aceita é a gerencia política”.

A pré-candidata indaga qual a razão de ter uma estatal como a Petrobras, se ela não está altamente conectada com um projeto de desenvolvimento para o Brasil.

Manuela reforça que a população brasileira precisa compreender que essa crise tem várias etapas, mas, a maior e a mais profunda é a natureza do governo. “Ilegítimo e forjado a partir de muitos instrumentos antidemocráticos, dentre eles, o impeachment”.

Reforma tributária

“O centro da reforma tributária, para mim ela tem um sentido de cobranças progressistas de impostos e de desoneração do consumo. Qual o consumo que temos que desonerar? O consumo que o povo trabalhador faz”, disse.

Manuela explicou que as democracias liberais têm mais faixas de impostos de renda e todas tributam heranças e grandes fortunas. Ela defendeu a necessidade de debater como cobrar menos impostos dos trabalhadores, do povo mais empobrecido do Brasil, e, mais impostos dos ricos.

Educação

“O tema da educação interage com várias áreas. A educação interage com vários aspectos do desenvolvimento nacional. É obrigação da União o tema do ensino superior. No Brasil, a ciência básica, que é o que agrega valor à produção e a atividade industrial, acontece sobretudo no nosso ensino superior”.

Manuela frisou que embora as universidades do Brasil fiquem vinculadas ao orçamento do Ministério da Educação, elas têm muita relação com a reconstrução do nosso sistema de ciência, inovação e tecnologia, que tem profunda relação com a retomada da atividade industrial do Brasil.

A pré-candidata do PCdoB reforçou que é contra a federalização do ensino médio e fundamental. “Defendo que os estados e municípios tenha capacidade de investimentos”.

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