Manuela e Dino: Deve-se respeitar o Estado Democrático de Direito
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila vê com preocupação a mensagem de um general do Exército repercutido com exaltação pela grande imprensa na noite desta terça-feira (3).
Na véspera do julgamento que discute prisão em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou estar “atento às suas missões institucionais”. Em comentário a mensagem do general, o comandante militar da Amazônia até o mês passado, general Antonio Miotto, afirmou: “Comandante! Estamos juntos na mesma trincheira! Pensamos da mesma forma! Brasil acima de tudo! Aço!”.
Manuela postou mensagem no Twitter afirmando que deve-se respeitar o Estado Democrático de Direito e a Constituição e que esta insinuação pode ser um pretexto para um golpe nas eleições deste ano. “É tempo de se fazer respeitar o Estado Democrático de Direito e a Constituição”.
Para a pré-candidata, as saídas para crise “passam por mais democracia: eleições diretas, respeito ao voto popular e às liberdades democráticas”, afirmou Manuela, compartilhando uma mensagem do governador do Maranhão (PCdoB), Flávio Dino.
é tempo de se fazer respeitar o Estado Democrático de Direito e a Constituição. A saídas pra crise passam por mais democracia: eleições diretas, respeito ao voto popular e às liberdades democráticas. https://t.co/FcE7ADe0VD
— Manuela (@ManuelaDavila) 4 de abril de 2018
No Estado de Direito, cada um tem o seu papel institucional: ao comandante do Exército não cabe interpretar a Constituição nem dizer o que é impunidade. Para isso existem os 3 Poderes, especialmente o Supremo Tribunal Federal.
— Flávio Dino (@FlavioDino) 4 de abril de 2018
Segundo Flávio Dino, em postagem em sua página no Facebook, “em nenhuma democracia do Planeta um comandante do Exército se pronuncia nesse tom às vésperas de um julgamento importante da Suprema Corte.”
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) darão seguimento, nesta quarta-feira (4,) da sessão que decidirá sobre pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na prática, os ministros vão decidir se Lula vai para a prisão.