São Paulo SP 17 07 2018-Manuela D’Ávila participou na manhã desta terça-feira (17) do encontro com presidenciáveis promovido pela Força Sindical.Fotos: Jaélcio Santana
Em agenda nesta terça-feira (17) em São Paulo, a pré-candidata do PCdoB à presidência da república, Manuela d’Ávila participou de atividade com trabalhadores na sede da Força Sindical no bairro Liberdade, na capital paulista.Acompanhada dos secretários nacionais do PCdoB, Nivaldo Santana (Sindical) e André Tokarski (Movimentos sociais), Manuela disse que sua participação no debate foi em atendimento ao pedido da direção da Força que está recebendo todos os candidatos à presidência da república, neste período de pré-campanha, para ouvir suas propostas.Defesas

Na mesa com o presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo) e do secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), a pré-candidata defendeu que as eleições precisam ser “espaço de debate sobre um novo projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho, com retomada os investimentos públicos e de combate à desigualdade”.

Manuela também reafirmou a necessidade de referendos revogatórios sobre a Emenda Constitucional 95 que congelou investimentos em Educação e Saúde por 20 anos e a reforma trabalhista que retrocedeu nos direitos dos trabalhadores previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Manuela defendeu, ainda, a necessidade de fazer outras reformas, como nas áreas tributária e da segurança pública. “É preciso dialogar com o povo sobre estes temas. No Brasil, o pobre paga mais impostos, por exemplo, ao comprar alimentos ou botijão de gás, e o rico não paga tributo ao adquirir um iate. Já na área da segurança, a violência atinge de forma mais intensa os mais pobres.

Candidaturas de esquerda

A candidata comunista destacou as candidaturas que representam a esquerda, como do ex-presidente Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulous (Psol) e dela no PCdoB. Para Manuela, as diferenças que existem neste campo “são irrelevâncias diante dos projetos que se confrontarão”.

“É preciso pensar em como tirar o Brasil da crise, valorizar o salário mínimo, a saúde, a segurança, combater a informalidade no trabalho, reduzir a jornada de trabalho e a desigualdade entre gêneros e a social”, destacou Manuela. Sendo feminista, Manuela afirmou que pretende adotar medidas para beneficiar as mulheres e mães.

A pré-candidata comunista recordou a unidade das centrais que garantiu, no dia 28 de abril passado, uma enorme greve geral que barrou a reforma da previdência. Para Manuela, “é essa unidade e mobilização que retirará o Brasil daqueles que estão destruindo nosso país, nosso estado e nossos direitos”, ressaltou.

No último dia 29 de junho, Manuela participou de encontro com representantes das cinco maiores centrais sindicais do país e recebeu a “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”, com 22 propostas formuladas em conjunto pelas centrais.

A série de debates dos pré-candidatos na Força Sindical foi aberto por Ciro Gomes do PDT no dia 12 de junho. Aldo Rebelo, do Solidariedade também já participou do encontro com os trabalhadores.