Manuela d’Ávila (PCdoB), candidata à vice na coligação O Povo Feliz de Novo, apresentou propostas para a crise no Brasil, com desenvolvimento econômico e distribuição de renda, em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (22).

“Retomaremos os investimentos públicos revogando a Emenda Constitucional 95, que congela os gastos públicos por 20 anos”, explicou a candidata à vice. Para Manuela, retomar os investimentos públicos e fazer uma reforma tributária progressiva, ajudará a estimular o consumo e os investimentos e a consolidar a recuperação da economia.

Manuela também apresentou propostas na área da Educação e destacou que Fernando Haddad (PT) como ministro da Educação, ampliou o acesso à educação de qualidade.

A candidata à vice explicou que Haddad garantiu a abertura de 100 escolas técnicas no país e democratizou o acesso às Universidades. “Garantimos que os estudantes mais pobres entrassem na Universidade pública dobrando as vagas e também na Universidade privada com o ProUni”. Ela também acrescentou que Haddad garantiu a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

“Foi inovador porque garantiu pela primeira vez que a educação infantil, que é uma das nossas maiores lutas, estivesse contemplada no repasse da União aos municípios. O Fundeb vence ano que vem e poucas sabem disso, nós temos a proposta de renovar o Fundeb, garantindo esse conjunto de investimentos para a educação infantil”.

“Além disso, nós temos um outro gargalo no país que é o Ensino Médio. Financiamos o Ensino Fundamental, que é de responsabilidade dos municípios, com o Fundeb, ampliamos o investimento em educação infantil… já é comprovado que a criança estimulada nos primeiros anos de educação infantil tem menos risco de evasão no Ensino Fundamental, porque ela chega mais apta, mais preparada para o primeiro ano do Ensino Fundamental. A proposta de adoção pelas escolas de Ensino Médio federais das escolas de  Ensino Médio  do Estado, daquelas que têm o pior resultado por aqueles que têm o melhor resultado”.

“O Haddad tem se dedicado a explicar nisso, porque ele elaborou a proposta com muito cuidado. As escolas com melhor desempenho são as públicas federais, porque  recebem mais investimento. Na vida real, elas recebem mais dinheiro e isso tem um impacto no desempenho dos seus estudantes, porque tem impacto na vida do professor, na biblioteca, nos equipamentos. Então, a partir de um pacto com os governadores, que têm responsabilidade pelo Ensino Médio, se observaria quais escolas têm o resultado pior. A partir daí, professores e corpo técnico adotariam prática de gestão escolar e  compartilhamento de conteúdos para  fazer com que aquela escola pior chegue a um patamar similar à escola pública federal. Acho que essa proposta é bastante inovadora, porque nós temos uma evasão que ainda é elevada no Ensino Fundamental, sobretudo entre o 5º e o 7º ano. Também tenho uma explicação para isso, porque é a idade em que as mães começam a deixar os filhos sozinhos. Quando (eles) têm 11, 12 anos a mãe que trabalha já começa a dar um jeito, porque os meninos já conseguem cuidar um pouco de si. O compromisso do Haddad é de, como presidente, ter olhar atento para essa situação para impedir a evasão que é gigantesca, que faz o que nós chamamos dos jovens “nem-nem”, que nem estudam no Ensino Médio, que deveria ser o seu compromisso, nem conseguem trabalhar, porque não tem qualificação”.

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