A candidata do PCdoB à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela d’Ávila, concedeu entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, na tarde desta quarta-feira (25), na qual ela reforçou seu compromisso com o enfrentamento das desigualdades, sobretudo a partir de ações emergenciais que respondam aos problemas trazidos pela crise econômica e pela pandemia.

“É possível mudar a vida das pessoas a partir da gestão pública eficiente e transformadora no município”, disse Manuela ao iniciar a entrevista.

Em seguida, reafirmou: “Sou a candidata que quer trabalhar para que Porto Alegre não feche. Isso significa fazer a gestão própria da vacina. Meu adversário não fala sobre isso porque fazer a gestão própria da vacina significa necessariamente, hoje, no Brasil, enfrentar o Bolsonaro, que nega a existência da pandemia, como temos visto”. Além da busca pela vacina, a candidata tem como prioridade estabelecer uma política de testagem dirigida para conter a ampliação do contágio nas comunidades.

Outra preocupação imediata de Manuela é garantir trabalho e renda para a população. “Temos hoje mais de 200 mil pessoas que vivem do auxílio emergencial e uma instabilidade política com relação à manutenção ou não do auxílio, então, temos de garantir trabalho e renda”, explicou. Para isso, a candidata aposta na política de microcrédito e nas compras públicas governamentais “com percentual dirigido às micro e pequenas empresas e também para que a gente cumpra a legislação que nos diz que precisamos garantir que a compra de alimentos seja da agricultura familiar”, disse, completando que o percentual mínimo estabelecido em lei é de 30%.

Ainda no campo das prioridades de seu programa de governo, Manuela enfatizou a necessidade de retomar os vínculos dos estudantes com a rede municipal de educação. “Quando a gente fala em crianças em situação de vulnerabilidade e escola, estamos falando de recuperação de conteúdo, claro, mas também da manutenção de vínculos. Certas crianças estarão trabalhando ou estudando. Essa é uma realidade que quero coordenar pessoalmente, enfrentar junto com as professoras garantindo a gestão democrática”.

Para enfrentar o problema da evasão escolar e do trabalho infantil, o programa de Manuela estabelece a Renda Básica de Proteção da Infância. “Acreditamos que há necessidade de resgatar esses vínculos e enfrentar o trabalho infantil”, disse.

Manuela também destacou o combate à fome, explicando que sua gestão terá uma política de assistência social, casada com ações que gerem trabalho e renda e garantam de que a cidade possa ficar aberta com segurança, com a busca da vacina e da testagem.  “Não posso imaginar ser prefeita de uma cidade que, em 2021, homens e mulheres passem fome”, colocou.

 

Por Priscila Lobregatte

 

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