A jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila, se manifestou, pelas redes sociais, nesta terça-feira (8), sobre a grave situação que afeta a alfabetização das crianças brasileiras. No ano passado, mais de 40% delas, na faixa etária dos 6 e 7 anos, não aprenderam a ler nem escrever, pior resultado desde 2012, de acordo com dados do Todos pela Educação.

“Na pandemia o Brasil atingiu o maior patamar, desde 2012, de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler nem escrever, segundo estudo do Todos pela Educação. Em 2021, 40,8% das crianças não havia sido alfabetizada, o equivalente a 2,4 milhões”, explicou Manuela.

Ela acrescentou que “nosso país atingiu o recorde dos últimos dez anos de crianças sem acesso ao direito à educação. O governo Bolsonaro é inimigo da educação e nós precisamos recuperar nosso país do fundo do poço. Nossas crianças merecem mais!”, declarou Manuela.

Os apontamentos comprovam, mais uma vez, a imensa desigualdade social do país e a forma como essa situação prejudica sobremaneira as crianças negras.

Dentre as que vivem nos 25% de lares mais empobrecidos, 51% não sabem ler e escrever. O percentual cai para 16% entre os 25% mais ricos. E a diferença entre crianças brancas e pretas não alfabetizadas saiu de 8,5 pontos em 2019 para 12,3 em 2021.

Naquele ano, pouco mais de 20% das crianças brancas não estavam alfabetizadas contra 35% no ano passado; entre as crianças pretas, o índice, no mesmo período, saiu de 28,8% para 47,4% e entre pardas foi de 28% para 44,5%.

Por Priscila Lobregatte

Com agências