A luta histórica dos povos originários brasileiros pelo direito à vida, à saúde e à sua própria terra; pela preservação ambiental e de sua cultura fez do 19 de abril o Dia da Resistência Indígena. Como forma de reafirmar o apoio dos comunistas a estas causas, lideranças do PCdoB se manifestaram nesta segunda-feira (19) em defesa de nossa população indígena.

A jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila destacou, por meio de suas redes sociais, que “desde que assumiu, Bolsonaro tem sido uma grande ameaça aos povos indígenas”.

Manuela lembrou que, há uma semana, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao presidente da Corte, Luiz Fux, para seja marcado  julgamento de uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por genocídio dos povos indígenas durante a pandemia.

“Na maior crise sanitária dos últimos tempos, Bolsonaro vetou um trecho da lei de assistência aos povos indígenas que previa o fornecimento de água potável e insumos médicos às comunidades. Não é omissão, é projeto!”, disse Manuela.

De acordo com o Comitê Nacional de Vida e Memória Indígena, criado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), até meados de março, mais de mil indígenas haviam morrido em decorrência da Covid-19. Até aquele momento, o país já havia registrado mais de 50 mil casos de contaminação confirmados e 163 povos atingidos. Conforme apontou o jornal O Globo, a taxa de mortalidade é até sete vezes e a de letalidade, 19% maior entre indígenas, na comparação ao restante da população brasileira.

Manuela também pediu um basta ao genocídio dos povos e declarou: “Neste Dia do Índio, no mês de resistência indígena, erguemos nossa voz para lembrar que vidas indígenas importam”.

 

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Por Priscila Lobregatte