Manuela d’Ávila: Bolsonaro quer genocídio da população indígena
A deplorável situação vivida pelos povos indígenas brasileiros sob o governo de Bolsonaro suscitou nova manifestação da jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila. Nesta segunda-feira (13), pelas redes sociais, ela ressaltou a grave vulnerabilidade enfrentada especialmente pelos Yanomami e o genocídio dessas populações.
“Genocídio indígena! Sob governo Bolsonaro, as crianças Yanomami tem o maior índice de mortes por desnutrição infantil do país”, declarou Manuela. Fazendo referência a reportagem da agência Pública, Manuela destacou que “das cerca de 371 aldeias existentes na Terra Indígena Yanomami, somente 78 têm uma Unidade Básica de Saúde Indígenas; além disso, apenas 71 das aldeias receberam alguma visita de nutricionista entre 2019 e 2020, o que representa menos de 20% do total”. E concluiu: “Além de acabar com as terras da população indígena, Bolsonaro quer seu genocídio”
Outro dado estarrecedor trazido pela reportagem mostra que 50% das crianças Yanomami têm déficit de peso. Segundo a Pública, “em 2019 e 2020, nos dois primeiros anos do governo de Bolsonaro, pelo menos 24 crianças Yanomami com menos de 5 anos morreram por desnutrição”, conforme dados obtidos junto à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Este número, aponta a reportagem, “é ainda mais gritante quando se olha proporcionalmente. Entre 2019 e 2020, 352 crianças brasileiras menores de 5 anos morreram tendo como causa principal a desnutrição, segundo dados disponíveis no DataSUS. Isso significa que aproximadamente 7% dos óbitos com esses critérios no país ocorreram no território Yanomami, que possui apenas 0,013% da população do país – uma sobrerrepresentação de 557 vezes”.
Genocídio indígena! Sob governo Bolsonaro, as crianças Yanomami tem o maior indíce de mortes por desnutrição infantil do país. Das cerca de 371 aldeias existentes na Terra Indígena Yanomami, somente 78 têm uma Unidade Básica de Saúde Indígenas
— Manuela (@ManuelaDavila) September 13, 2021
Por Priscila Lobregatte
Com informações da agência Pública