Em publicação nas suas redes sociais na noite desta terça-feira (11), Manuela d’Ávila afirmou que a substituição do nome de Luiz Inácio Lula da Silva por Fernando Haddad, após o ex-presidente ter seu registro cassado, é uma data para transformar a indignação em luta.

“Hoje é dia de transformar indignação em luta. Impedido de concorrer à presidência após ser condenado sem provas, Lula atendeu aos prazos impostos pela justiça e fez um apelo a todas as brasileiras e brasileiros: não saíamos das ruas. As ruas são o nosso lugar para conquistar um Brasil feliz de novo. O povo é Lula. Lula é Haddad e Manuela. Estamos juntos”, escreveu Manuela d’Ávila, agora oficialmente vice na chapa da coligação O Povo Feliz de Novo.

Manuela ingressa na campanha e já conta com o apoio expressivo de um grupo de mulheres de organizações sociais e de partidos políticos aliados. Ainda na noite desta terça-feira (11), o grupo se reuniu no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, para discutir mobilizações em todo o país em apoio à eleição de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila.

De acordo com as organizadoras, o objetivo é construir uma grande ação nacional para mostrar que as mulheres estão mobilizadas pela defesa de um projeto de governo que resguarda seus direitos e que promove a igualdade de gênero.

“Essa eleição é das mulheres. Nós somos maioria no eleitorado e também entre as pessoas que ainda não decidiram em quem vão votar. Precisamos disputar esse voto, para fazermos o combate ao machismo e reafirmarmos os nossos direitos”, afirma Anne Karolyne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT.

Para Maria das Neves, representante do PCdoB no comitê de mulheres, essas propostas precisam chegar às eleitoras, principalmente àquelas que ainda não decidiram seu voto.

“Nos próximos dias temos que dar motivos para essas eleitoras indecisas votarem na nossa chapa, com Haddad-Manu, que vai fazer as mulheres brasileiras voltarem a ser felizes”, enfatizou.

Para a secretária do Movimento de Mulheres Socialistas do PSB, Dora Pires, o apoio a chapa é para resgatar um projeto de governo que tem as mulheres como protagonistas e que foi interrompido pelo golpe que destituiu a presidenta eleita, Dilma Rousseff.

“As mulheres só ganharam com os governos de Lula e Dilma. Então, por que votar em Haddad? Por que votar em Manu? Porque eles representam o que foi feito de melhor para as mulheres, porque eles representam o Lula”, reforçou a secretária.

A presidenta da União Brasileira de Mulheres, Vanja Andréa Sanches, também pontuou que o voto em Haddad e Manuela é pela retomada do compromisso do governo com a pauta das mulheres.

“Precisamos falar do resgate dos nossos direitos. Tivemos uma série de políticas públicas que colocou a mulher no centro. É isso que precisamos retomar”, concluiu.