A  pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, deputada estadual (RS) Manuela D’Ávila reagiu com indignação ao ataque a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula ocorrido nesta terça-feira (27), em passagem pelo Paraná.

“Falei sobre isso na sexta, falei sobre isso hoje na tribuna. O fascismo quer calar quem pensa diferente, quer matar quem pensa diferente. Não é petismo, não é lulismo. Hoje é um tiro contra a caravana de Lula, o líder das pesquisas de opinião no Brasil, amanhã em quem?”, escreveu Manuela em seu Facebook.

“Aceitemos, um dia é contra Lula, no outro dia é contra qualquer um que se manifeste, se mobilize ou que pense diferente”.

Em vídeo gravado na Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Manuela fez um discurso contundente sobre a liberdade do pensar e a organização da sociedade contra os ataques com pedras à Caravana do ex-presidente Lula que visita a região Sul do País.

Antes mesmo do ataque a tiros, Manuela explicou as deputados gaúchos o processo democrático e que deveria ser de práxis receber uma Caravana, recepcionar  o seu líder que visita a região, mas grupos armados com paus e pedras quiseram barrar a visita e a recepção foi jogar pedras, destacou a pré-candidata.

“Ninguém joga pedra para acariciar. Mas para matar. Aqueles que atiraram pedras sabiam exatamente o que estavam fazendo”, denunciou Manuela.

“Portanto, esses grupos falam que quem pensa diferente de mim não merece existir. Eu creio que esses ataques é algo de divisor de águas. Temos muitos debates em curso, sobre candidatura, ativismos politico no judiciário, como será o comportamento da esquerda nas eleições, citou Manuela, explicando que o que está querendo chamar atenção é para “a possibilidade de nos organizarmos e ouvir a quem quisermos ouvir”. “E é esse debate que conclamo”, explica a pré-candidata.

Para Manuela, “não foi Lula e sua caravana que foram alvejados, o debate não é sobre habeas corpus, não é sobre o direito dele concorrer, não é sobre o PT, não é sobre o petismo, pontua. “É sobre nós continuarmos a fazer política em um país democrático, é sobre nós não voltarmos ao tempo de Jesus e Maria Madalena que apedrejavam com quem não se concordava (…)

“Eu sigo acreditando que as eleições, que a democracia e que a política são os atores ou elementos centrais para a construção de saídas para a crise”.

Assista a fala da deputada: