Em entrevista ao programa Entre Vistas, concedida ao jornalista Juca Kfouri exibido nesta terça-feira (23), pela TVT, Manuela d’Ávila (PCdoB), candidata à vice na coligação O Povo Feliz de Novo, criticou fortemente a proposta do candidato Jair Bolsonaro (PSL) de querer cobrar mensalidade nas universidades federais.

Para a candidata à vice, por mais que Bolsonaro se venda como um patriota e nacionalista, ele jamais será, porque defende a ideia de um Brasil absolutamente dependente das potências capitalistas. Segundo Manuela, a proposta de cobrar mensalidades irá dificultar o acesso ao ensino superior.

Manuela alerta que a Universidade no Brasil é o espaço que produz pesquisa e que tem a oportunidade de fazer com que o país retome a atividade industrial. “Ciência básica tem a ver com desenvolvimento, com a retomada da atividade industrial, com a soberania do nosso país e com todas as possibilidades de nós enfrentarmos essa crise com autonomia e protagonismo diante do mundo”, afirmou.

A candidata à vice lembrou que o candidato Fernando Haddad (PT), como Ministro da Educação nos governos Lula e Dilma (2005-2012) democratizou o acesso ao ensino superior. E as propostas de Bolsonaro tem relação em acabar com todos esses avanços na área da educação. “A Universidade é o templo sagrado da elite brasileira, sempre foi. Nós a democratizamos, mas ela também é o que garante ou pode garantir as condições para que a gente se desenvolva de outra maneira”, pontuou.

Manuela também falou que não pode haver desenvolvimento nacional se as mulheres não forem protagonistas dessa construção. Ela abordou a importância do movimento de mulheres no Brasil que começou a partir das redes sociais contra a candidatura fascista, machista, misógina e racista de Jair Bolsonaro. Segundo ela, as mulheres vão as ruas porque são as que mais sofrem fortemente o impacto da crise.

“Elas têm os trabalhos mais precarizados e necessitam mais do Estado (…) As 14 milhões de mulheres que criam os filhos sozinhas. Quem é o marido delas? É o Estado. Quem é o parceiro dessa criação? É a creche pública, a escola pública e a saúde pública. Se você tem uma ideia das chamas saídas de austeridade que diminui o Estado e retira direitos, automaticamente você pune mais quem é mais frágil”.

Assista a entrevista na íntegra: