A ex-deputada e pré-candidata a prefeitura de Porto Alegre pelo PCdoB, Manuela d’Ávila, usou as redes sociais nesta terça-feira (24) para alertar sobre o enfrentamento da violência doméstica durante a pandemia do coronavírus. No Brasil, as autoridades já registram aumento dos casos. Reagindo aos números, a liderança do PCdoB lembrou que os dados “evidenciam ainda mais o fato de que nas crises as mulheres são as mais prejudicadas.”

No Rio de Janeiro, por exemplo, a Justiça houve aumento de 50% nos registros de violência doméstica no período do confinamento. Os dados revelados nesta segunda-feira (23) mostraram também que maioria das pessoas que buscaram ajuda no Plantão Judiciário é de mulheres vítimas de violência.

Em Curitiba, capital do Paraná, outros dados alarmantes já aparecem: de acordo com a Polícia Militar, foram 217 casos de violência contra mulheres registrados no primeiro final de semana da quarentena. Entre os dias 13 e 15 de março, final de semana anterior, tinham sido 189.

“Sabemos que muitas mulheres, por motivos econômicos e sociais, não conseguem se separar do parceiro violento quando correm perigo. Imagina agora que precisam ficar em casa ainda mais expostas ao seu agressor. É urgente que tenhamos programas de prevenção à violência de gênero e políticas de capacitação econômica, como a renda básica!”, destacou Manuela d’Ávila.

Diante da necessidade de que todos se mantenham o máximo de tempo possível dentro de casa, autoridades brasileiras e do exterior tem alertado para o risco de crescimento dos casos de violência contra as mulheres. Em 2018, 16 milhões de mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de violência e em 42% dos casos as agressões ocorrem dentro de casa, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Peça ajuda

Mulheres vítimas de violência, ou qualquer pessoa que ouça agressões, devem usar o serviço Ligue 180 para denunciar e ajudar a vítima. O Disque 100 é o número adequado para casos que envolvem violência contra crianças e idosos.