Manuela alerta para 2022: precisamos reforçar luta contra as fake news
A jornalista e ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila se manifestou, nesta sexta-feira (11), pelas redes sociais, a respeito de levantamento que mostra a enorme quantidade de postagens e interações feitas através do Facebook e que tentam deslegitimar o processo eleitoral brasileiro. Os dados revelam ainda que dos 12 perfis com maior concentração desse tipo de postagem, a maioria está vinculada a bolsonaristas, inclusive o próprio presidente.
“A turma de Bolsonaro teve uma derrota com a não aprovação do voto impresso na Câmara, mas suas redes de mentiras seguem atuantes. Nos últimos 15 meses, foram feitas 394.370 postagens no Facebook alegando fraude nas eleições, segundo estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP-FGV)”, colocou Manuela.
O levantamento apontou que tais postagens tiveram mais de 111 milhões de interações, o que corresponde a cerca de 247 mil curtidas, comentários ou compartilhamentos por dia sobre o tema.
Segundo a apuração, a deputada federal Carla Zambelli (PSL) é a que concentrou maior quantidade de postagens e interações, seguida pelos deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Filipe Barros (PSL-PR), o presidente Jair Bolsonaro, o Jornal da Cidade online, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), UOL (com notícias sobre o tema), o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), o grupo Bolsonaro 2022, Jovem Pan News, deputada Caroline de Toni (PSL-SC) e grupo Aliança pelo Brasil – presidente Jair Bolsonaro.
“É a desinformação custeada com dinheiro público e ainda impulsionada com fundo partidário. Isso acende um alerta para 2022: mais do que nunca precisamos reforçar a luta de combate às fake news. Eles jogam com a mentira, a desinformação e a manipulação, nós jogamos com a verdade”, completou Manuela.
Nesta mesma sexta-feira (11) foi veiculada a notícia de que a Polícia Federal apontou, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal, que a estrutura do chamado “gabinete do ódio” — formado por assessores de Bolsonaro —tem sido utilizada por uma milícia digital que atua contra a democracia e contra as instituições. Segundo a PF, a estrutura do chamado “gabinete do ódio” fez parte de esquema de disseminação de notícias falsas.
Por Priscila Lobregatte
Com agências