A realidade de violência, preconceito e opressão vivenciada pela população negra brasileira, resultante do racismo estrutural, foi tema de comentário feito nesta quarta-feira (16) pela vice-presidenta nacional do PCdoB, Manuela d’Ávila. A questão foi tratada a partir de dados do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.

“Como o racismo estrutural funciona? De acordo com pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, 63% das abordagens policiais no Rio de Janeiro têm como alvo pessoas negras, 79% dos que tiveram sua casa revistada pela polícia eram negros, 74% dos que tiveram um parente ou amigo morto pela polícia são pessoas negras”, apontou Manuela.

Além disso, destacou, “comprovou-se que são os jovens negros os maiores alvos dos agentes de segurança. E lembrem-se que essa não é uma realidade isolada do Rio de Janeiro!”.

As estatísticas vão ao encontro de dados colhidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e publicados no Anuário de Segurança Pública, divulgado em 2021. Conforme o levantamento, 78,9% das 6.416 pessoas mortas em 2020 por policiais eram negras e foi registrado aumento em 18 dos 27 estados brasileiros. Em 2013, o número de mortes por intervenção policial foi de 2.212, aumento de 190%.

 

Por Priscila Lobregatte

Com agências