Na noite desta terça-feira (23), a cidade de Porto Alegre foi palco de um ato histórico com mais de 50 mil pessoas em defesa da democracia brasileira e do ex-presidente Lula. Pelo PCdoB, a presidenta nacional, Luciana Santos e a pré-candidata à Presidência da República, Manuela D’Ávila participaram da atividade ao lado de Lula na tradicional esquina democrática no centro da capital gaúcha.

Em seu pronunciamento, Manuela enfatizou a força da unidade popular na capital gaúcha. “É lindo ver Porto Alegre tomada por nossas bandeiras, bandeiras da nossa unidade, dos nossos partidos, dos movimentos sociais, daqueles que compreendem que eleição sem Lula é golpe porque julgar um inocente culpado é julgar tudo aquilo que nós construímos com as nossas mãos”, afirmou.

Luciana Santos também discursou na atividade e destacou que o golpe de Estado que a ex-presidenta Dilma Rousseff sofreu em 2016 foi o início de um processo que tem o objetivo de interromper um projeto nacional e popular. A parlamentar ressalta que não é a primeira vez que isto acontece na história do Brasil.

“Aconteceu no governo de Getúlio Vargas, com João Goulart e a resposta que o povo deu foi a resistência, o povo foi às ruas para garantir a retomada do projeto nacional e popular”, declarou a presidenta do PCdoB.

Manuela

Já na manhã desta quarta-feira (24), Manuela comentou que ao postar uma foto ao lado de Lula nas suas redes sociais que ela recebeu inúmeros comentários baseados em juízos políticos sobre o ex-presidente. “Gostar ou não daquilo que ele fez enquanto presidente, pode e deve ser feito. Deve ser feito nas urnas. Pode ser feito nos comentários das redes sociais, mas não no tribunal. A justiça deve funcionar baseada em provas, não em opiniões”, ressaltou a pré-candidata.

A parlamentar comunista diz ter esperança que o judiciário interrompa esse ciclo de judicialização da política, delegando ao povo o direito de escolher rumos de seu país. “Os que defendem a democracia e voto popular devem estar com Lula hoje [em seu julgamento]. E isso não tem relação nenhuma com votar nele. Tem relação com deixar o povo tomar o futuro em suas mãos”, concluiu Manuela D’Ávila.