Cumprindo agenda em São Paulo, Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República participou no domingo (4) da plenária nacional da União Juventude Socialista (UJS), em Nazaré Paulista, onde tratou sobre a importância da luta dos jovens, das mulheres e dos negros.

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindoEm seu pronunciamento, Manuela D’Ávila iniciou agradecendo ao convite e explicando o quanto estava feliz em voltar a UJS acompanhada pelo secretário nacional do PCdoB de Movimentos Sociais e Juventude, André Tokarski.

Segundo Manuela, que se filiou à UJS em 1999, esses encontros fazem bem para o espírito, porque “quando a gente encontra pessoas de todo o Brasil com sonhos parecidos com os nossos, temos um pouco da dimensão de que não estamos sozinhos na luta”.

A imagem pode conter: 1 pessoa, multidão“Existem jovens diferentes da gente, seja fisicamente, culturalmente, na forma como comem ou se vestem. Mas encontrar o diferente que sonha parecido é muito legal. Há um sonho em comum, um sonho que unem os jovens de todo o país, o sonho de um Brasil que respeite nossas diferenças e que faça delas a sua força propulsora, que consiga compreender o fato de que nós somos um país de jovens e mulheres, que precisa defender a liberdade e a livre orientação sexual, um país que precisa respeitar seus índios, mas que esse conjunto de forças precisam fazer parte da ideia de um desenvolvimento nacional”, falou.

A pré-candidata explicou que muitas pessoas dizem que a luta das mulheres não é a luta por um desenvolvimento do Brasil, mas Manuela ressaltou que não existe como a luta pelo desenvolvimento do país, não ser a luta das mulheres, pelo simples fato de que não existe como o Brasil se desenvolver se as mulheres, os jovens e os negros não forem a parte mais específica do projeto de desenvolvimento.

A imagem pode conter: 3 pessoas“Como é que a gente vai pensar no desenvolvimento da indústria 4.0, por exemplo, se de cada mil jovens, apenas 22 vão para as áreas vinculadas a tecnologia, e desses 22, só um é mulher. Nunca vai existir um Brasil que se desenvolva e desenvolva suas ciências e tecnologias se as meninas desde pequenas são educadas que os foguetes e as brincadeiras de laboratórios são de meninos”.

No encontro, Manuela D’Ávila também falou sobre a luta pelo fim do extermínio dos jovens negros no Brasil. “O país que mata 40 mil jovens negros por ano e que prenderam essa semana, uma mãe de 5 filhos, cujo o mais novo têm um mês de idade, carregando oito gramas de maconha. E a juíza disse que não encontrou razões para que ela cumprisse a prisão domiciliar em casa, sendo ela réu primária”, descreveu Manuela sobre a situação de racismo no Brasil.

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em péDe acordo com a pré-candidata, “tem uma frase que diz: Quando Pedro fala de Paulo, Pedro fala mais de Pedro, do que de Paulo. Talvez a juíza fale muito mais sobre o nosso judiciária que tem um lado, que é dos mais ricos, dos poderosos, do que essa mãe com 5 filhos”.

“Estou dizendo tudo isso porque a minha pré-candidatura surge com o espírito da UJS”, afirmou. Para Manuela, a UJS é uma juventude que não se conformou com o golpe que está acontecendo no Brasil. “Nós precisamos fazer 2018 um palco da construção do debate sobre o futuro do Brasil”.

Na opinião da pré-candidata, a UJS é a juventude que historicamente questiona esse sistema de exclusão e luta por um Brasil melhor para todos.

“Todas as pessoas, na sua singularidade e com as suas particularidades tem direito a viver num país que lhes permita sonhar e realizar aquilo que elas são”, concluiu Manuela D’Ávila.

Assista na íntegra:

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