O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não está nada satisfeito com o posicionamento do governo brasileiro em relação à crise envolvendo Estados Unidos e Irã. Ele ficou particularmente insatisfeito com as opiniões favoráveis a Trump, emitidas por Bolsonaro sobre o conflito.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, Rodrigo Maia, que está de férias fora do país, “comentou com amigos que considerou mais uma pixotada de Bolsonaro a decisão do governo de se posicionar a favor do ataque dos Estados Unidos ao Irã, importante parceiro comercial do Brasil”.
Especialistas e diplomatas têm alertado para os perigos que o Brasil está correndo ao aderir acriticamente aos interesses norte-americanos. O professor da UNB, Mamede Said, especialista em direito internacional, avalia que o Brasil está se isolando do mundo ao insistir na “repugnante submissão de Jair Bolsonaro e de Ernesto Araújo a Trump”.
“Esta posição “não representa o pensamento médio do corpo diplomático do Itamaraty e muito menos do conjunto dos brasileiros”. alertou.
A decisão brasileira de seguir as linhas da diplomacia de Washington joga contra o Itamaraty e cria um “racha” dentro do governo de Jair Bolsonaro, avalia a professora de relações internacionais Cristina Pecequilo.
Já o diplomata Marcos Azambuja, ex-embaixador do Brasil na França, considera que o Brasil está se precipitando ao fazer declarações, segundo ele, em excesso sobre o atentado que matou o general iraniano Qassem Suleimani.