Belarusian President Alexander Lukashenko smiles after voting at a polling station during the presidential election in Minsk, Belarus, Sunday, Aug. 9, 2020. Belarusians are voting on whether to grant their authoritarian president a sixth term in office, following a campaign marked by unusually strong demonstrations by opposition supporters frustrated with the country's stumbling economy, political repression and weak response to the coronavirus pandemic. (AP Photo/Sergei Grits)

Alexander Lukashenko, atual presidente da Bielorrússia, venceu as eleições presidenciais realizadas no domingo(9), obtendo 80,23% dos votos, declarou a Comissão Eleitoral Central, CEC.

“Para Alexander Grigorievich Lukashenko, votaram 4.652.000 pessoas ou 80,23%”, anunciou a presidente do CEC, Lidia Yermoshina, em entrevista coletiva, segundo a agência oficial russa RIA Novosti de Minsk. A CEC informa que a participação foi de 84,23% dos eleitores, estimados em pouco mais de 6,8 milhões de cidadãos.

Ainda antes do fechamento dos locais de votação, a oposição convocou passeatas contra supostas fraudes eleitorais para o domingo, várias das quais derivaram em confrontos.

De acordo com a missão de observação da pós-soviética Comunidade de Estados Independentes (CEI), convidada pelas autoridades bielorrussas, as eleições presidenciais foram realizadas “de forma organizada e de acordo com a lei bielorrussa”. “As manifestações foram claramente uma provocação e não questionam a veracidade dos resultados”, disse o senador russo Oleg Melnichenko, coordenador do grupo de observadores da Assembleia Interparlamentar da CEI, à RIA Novosti.

A candidata opositora Svetlana Tikhanovskaya, obteve 9,9%, e a opção “Contra todos os candidatos”, contemplada pela legislação eleitoral bielorrussa, obteve 6,02%, sendo que os outros três candidatos em concurso dividiram o 4,8% restantes.

O presidente bielorrusso, falando em coletiva de imprensa sobre os protestos ocorridos em várias cidades do país, lamentou que “a situação foi muito perigosa para as pessoas, para aquelas que foram empurradas às ruas”.

Assinalou ainda que não será permitida a violência no país e que algumas forças “tentam controlar o processo desde o estrangeiro”, acrescentando que se referia a agentes na República Checa, Polônia, Ucrânia e Rússia.

O presidente chinês, Xi Jinping, enviou, nesta segunda-feira, uma mensagem de parabéns a Lukashenko por sua reeleição.

Xi disse que está pronto para trabalhar com o presidente bielorusso para impulsionar conjuntamente a parceria estratégica China-Bielorrússia.

“Conto que a sua ação à frente do Estado vai permitir o desenvolvimento futuro das relações entre a Rússia e a Bielorrússia – vantajoso para as duas partes”, escreveu Vladimir Putin num telegrama enviado para Minsk.

Já a posição do governo alemão foi no sentido contrário. O porta-voz Steffen Seibert afirmou que as eleições não cumpriram com os padrões democráticos mínimos e lamentou que as autoridades bielorrussas não aceitassem a solicitação da União Europeia de permitir observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).