A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, falou, nesta terça-feira (31), sobre os cinco anos do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, concretizado no dia 31 de agosto de 2016.

“Há cinco anos, consolidava-se o golpe contra a presidenta Dilma. A farsa do impeachment por pedaladas fiscais foi montada para, na verdade, impor uma agenda ultraliberal derrotada nas urnas e que desde então vem aprofundando as desigualdades sociais e a exploração da nossa gente”, disse Luciana.

A dirigente destacou ainda que o processo “foi um verdadeiro golpe contra o povo e contra o projeto aprovado nas urnas por mais de 54 milhões de brasileiras e brasileiros. A história vem mostrando que estávamos certos naquele momento e vem honrando a postura digna e firme que teve a  presidenta”.

Por fim, Luciana destacou que “é lendo essa história, criticamente, que vamos, passo a passo, construir o futuro e os caminhos para retomar o desenvolvimento e o crescimento com qualidade de vida para as pessoas”.

 

“Até tu, Brutus?!”

Hoje, cinco anos após o golpe que pavimentou o caminho da extrema-direita ao poder, com a eleição de Jair Bolsonaro, e impôs uma agenda ultraliberal sob a batuta do ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil vive sua pior crise social, econômica e sanitária.

A grave deterioração do país em todas as áreas tem incomodado até mesmo o mercado financeiro, que se beneficiou de todo esse processo recente, e tem aumentado a insatisfação popular e o isolamento de Bolsonaro.

Sobre isso, disse Luciana: “‘Até tu, Brutus?!’ Pois é, até o mercado financeiro — que guarda ali identidade conceitual com as linhas propostas por Guedes — tá vendo que esse governo é uma furada e não tem condições de conduzir o país a nenhum caminho de crescimento. Bolsonaro segue se isolando”.

Luciana colocou ainda que “autoritarismo não tira ninguém da crise. Mesmo a banca compreende que, sem estabilidade política, não sairemos do atoleiro que esse governo nos meteu, com desemprego, miséria, inflação, dólar nas alturas. A defesa da democracia é a pauta que une todos contra Bolsonaro”.

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Por Priscila Lobregatte