Luciana Santos: Movimento 65 quebra barreira do preconceito
A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, voltou a afirmar, em entrevista ao Jornal do Commercio, que o Movimento 65, lançado em janeiro passado pela leganda, não tem a pretensão de esconder a identidade do partido. O objetivo, esclareceu, é ajudar as pessoas a superarem a barreira do preconceito.
“Tudo isso nos faz colocar mais a cara das nossas lideranças, que são mais conhecidas, como é o caso da Manuela (d’Ávila), Movimento Comuns, para a gente superar essa barreira sem negar o que é o PCdoB. Mas não estamos escondendo nada, nós estamos ajudando as pessoas a não criar a barreira do preconceito em primeiro lugar”, esclareceu Luciana.
Oposição ao governo Bolsonaro, a presidenta da sigla diz que o Movimento 65 está aberto para receber “mulheres e homens comprometidos com as causas de suas cidades”, tendo em vista as eleições municipais deste ano.
A logomarca possui, além tradicional vermelho do PCdoB, o verde e o amarelo da bandeira brasileira. (imagem ao lado)
Segundo a dirigente, assim como houve o fenômeno do “antipetismo” nas eleições presidenciais de 2018 também houve o do anticomunismo. “O que nós estamos fazendo é enfrentando essa campanha que radicalizou ainda mais. Para o anticomunismo basta ver o que hoje as forças políticas ou as lideranças políticas que governam o país como eles tratam”, pontuou a vice-governadora.
“Nós sempre fomos vítimas de uma campanha preconceituosa e anticomunista, não é de hoje. Isso vem desde que surgiu o partido comunista pelo que ele carrega de perspectiva. Nós defendemos um mundo de igualdade de oportunidades e de justiça”, alegou a vice-governadora.
Reforma Tributária
Ex-deputada federal, Luciana Santos também defendeu a reforma tributária apresentada pela bancada de Oposição da Câmara dos Deputados, liderada por sua correligionária, a deputada Jandira Feghali (PCdoB). A proposta, capitaneada pelo PCdoB, PSB, PT, PDT, PSOL, Rede Sustentabilidade e 40 especialistas, foi apresentada como alternativa à PEC 45/2019, que está em discussão na Câmara e deve ser unificada com a PEC 110/2019, no Senado Federal.
Para Luciana, tal proposta mostra que a Oposição tem postura “propositiva”. “Porque estamos fazendo uma reforma tributária que taxa fortunas, progressiva, a exemplo de muitos países do mundo, que taxam as altas rendas, ao contrário da nossa, que taxa o consumo e isso é importante, a redução na quantidade de taxações, mas o mais importante é você taxar proporcionalmente quem acumula mais renda, essa é a lógica, inclusive, de boa parte dos países civilizados”.