Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB

Neste 13 de maio, quando o Brasil completa os 132 anos da abolição da escravatura, a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, lembra que “a libertação do povo negro é ainda processo inacabado” no país. E a desigualdade, ela aponta, está inscrita também nos números da pandemia do novo coronavírus.

“O vírus atinge de forma mais contundente as periferias. Mata mais a população negra. De acordo com dados da Prefeitura de São Paulo, por exemplo, o risco de morte de negros por Covid-19 é 62% maior em relação aos brancos”, denuncia a dirigente partidária, que é também vice-governadora de Pernambuco.

“O fato é que a população negra tem estado à margem dos direitos. Mais vulnerável do ponto de vista econômico e social, tem menos acesso à boa alimentação, assistência médica e saneamento básico. Boa parte daqueles que não têm a opção de ficar em casa durante a quarentena são os pretos e pardos que temem perder seu trabalhos, engrossando o índices de desemprego”, registrou.

Por tudo isso, Luciana Santos ressalta que o 13 de Maio enseja refletir sobre o racismo estrutural que permeia nossas relações ao longo da História.

“Abandonamos a escravidão, mas moldamos uma sociedade segregada e desigual a partir do racismo. É contra a reprodução dessa estrutura que precisamos lutar todos os dias, seja por meio de políticas públicas ou a partir de uma postura antirracista”, concluiu a presidenta nacional do PCdoB.