Luciana Santos: Firme na luta pela soberania nacional
O sotaque, característico de Olinda, e a cadência de suas frases pode enganar um desavisado, mas são aliados nas lutas desta mulher aguerrida de fala suave. No Congresso, Luciana Santos é uma das defensoras do patrimônio brasileiro, da democratização da comunicação, dos direitos das mulheres, crianças e demais minorias, e da ampliação da representação feminina no poder.
Em seu primeiro mandato, foi líder da Bancada do PCdoB, relatora de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), presidenta de Frente Parlamentar e garantiu em 2014 a reeleição para continuar os embates iniciados em 2011.
Luciana Santos começou a militância no movimento estudantil, em 1984, com o movimento Viração. Engenheira eletricista, foi presidenta do Diretório Acadêmico (DA) de Engenharia e Computação da UFPE (1985), dirigente do DCE e vice-presidenta regional da União Nacional dos Estudantes, a UNE, entre 1989 e 1991. Em 1987 filiou-se ao PCdoB e é membro do Comitê Estadual do PCdoB/PE e do Comitê Central desde 2001.
Ela também exerceu mandato como deputada estadual, foi prefeita reeleita de Olinda (2000 a 2008), presidenta do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) de Pernambuco (1995-1996) e secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (2009 a 2010).
Em 2015, Luciana foi eleita a primeira mulher a presidir o PCdoB nacional, posição que utiliza para encabeçar a luta por espaços plurais, nos quais o povo tenha voz e seja efetivamente representado.
Em seu segundo mandato na Câmara, é a única mulher da bancada de Pernambuco no Congresso Nacional. É vice-líder da bancada comunista na Casa, membro da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) e da Comissão de Cultura (CCULT). Também foi relatora da subcomissão de análise de formas de financiamento para mídia alternativa, um espaço importante para construção de alternativas que contribuam para a democratização da comunicação no Brasil.
Entre as ações de destaque apresentadas pela parlamentar estão a defesa do Projeto de Lei da Biodiversidade, a relatoria do Direito de Resposta e o debate acerca do Novo Código Nacional de Ciência e Tecnologia. Nas emendas parlamentares busca distribuir recursos com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento do Estado, priorizando receitas na área de Saúde, Ensino Superior e Ciência e Tecnologia, e Cultura, sem esquecer de investimentos em infraestrutura para os municípios e em políticas públicas específicas como as relacionadas à questão da mulher e ao público LGBT.
Depois do golpe que resultou no impeachment fraudulento da presidenta Dilma Rousseff, Luciana tem usado sua voz no Congresso para defender os direitos dos brasileiros e a soberania nacional contra os atropelos e medidas lesa-pátria de Michel Temer e sua corja. Votou pelo prosseguimento das investigações contra o golpista por corrupção, contra a reforma trabalhista e contra a Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos no país.
Luciana foi articuladora de frentes parlamentares amplas que lutam, em esforço suprapartidário, pelo direito do Brasil aos recursos advindos do pré-sal, ao controle de seus ativos e ao investimento em pesquisa, educação e saúde de qualidade.