Luciana Santos defende políticas públicas contra violência à mulher
A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, falou, nesta terça-feira (15), pelas redes sociais, sobre a necessidade de combater a violência contra a mulher, especialmente levando em consideração a piora ocorrida com a pandemia.
“Vivemos tempos duros, a pandemia agravou a situação de vulnerabilidade das mulheres. Num contexto assim, é ainda mais importante a atuação desse fórum tão necessário, que aponta caminhos, estratégias e saídas”, disse Luciana após acompanhar reunião da Câmara Técnica para o Enfrentamento da Violência de Gênero contra a Mulher, coordenada pela Secretaria da Mulher de Pernambuco. “Foi um momento de fazer um balanço estatístico sobre o tema e planejar o período que virá”, completou.
Violência pelo país
Pesquisa realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, divulgados no final do ano passado, mostram que cerca de 90% dos brasileiros consideram que o local de maior risco de feminicídio é o próprio lar dessas mulheres, pela ação de parceiro ou ex-parceiro. E cerca de 30% das mulheres dizem já ter sido ameaçadas por companheiros, número que equivale a cerca de 25,7 milhões de brasileiras.
No primeiro semestre de 2021, foi registrado o maior número de casos de feminicídios desde 2017 no Brasil: 666 vítimas, ou cerca de quatro por dia, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Dados do final de 2021 indicam que em Pernambuco houve crescimento de 24% em comparação com 2020, primeiro ano da pandemia. Entre 2020 e 2021, também houve aumento de 8,3% no número de estupros no Brasil, que passaram de 24.664 para 26.709.
De acordo com o estudo “Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher — 2021”, feito pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, “para 71% das entrevistadas, o Brasil é um país muito machista. Segundo a pesquisa, 68% das brasileiras conhecem uma ou mais mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar, enquanto 27% declaram já ter sofrido algum tipo de agressão por um homem”.
Por Priscila Lobregatte
Com agências