A direção nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reúne os membros do Comitê Central neste fim de semana (entre os dias 30/12 e 2/12), em sua sede, na Capital Paulista. A presidenta da sigla, Luciana Santos fez seu informe propondo uma frente ampla para empreender a oposição ao governo Bolsonaro. “O programa para aglutinar essa frente é a defesa da Constituição Federal de 1988, da democracia, dos interesses nacionais e dos direitos da classe trabalhadora”, destacou.

A dirigente sublinhou que essa Frente, para ser ampla, deve ser heterogênea , agregar forças políticas, sociais, e culturais. Luciana acredita que “será uma resistência que se desenvolverá nas lutas, no debate de ideias, no fundamental embate do movimento social e nos âmbitos institucionais em que atuamos, com destaque para o parlamento”.

Oposição ao governo Bolsonaro

A deputada afirmou para a direção nacional de seu partido que a oposição a Bolsonaro terá êxito na medida da amplitude que venha a ter sua composição e sua ação. “O importante é criar convergência com amplos setores, com visões dispares em alguns aspectos, uma frente heterogênea, que aglutine um amplo leque de forças políticas, sociais, econômicas, culturais, com o objetivo de impedir retrocessos democráticos”, enfatizou.

Ela acredita que “o grande desafio deste amplo movimento deve ser a defesa do estado democrático de direito, como pré-condição para se estabelecer o debate sobre as propostas para tirar o país da crise econômica e política”.

Ao falar sobre o processo de união do PCdoB com o PPL, Luciana afirmou que os partidos se movimentam em busca de soluções políticas e jurídicas que superem os efeitos restritivos da cláusula de barreira. Segundo ela, superar esses desafios é importante para que as duas legendas possam melhor desempenhar suas responsabilidades assumidas com a nação e a classe trabalhadora. Para tanto, os dois partidos iniciaram “um diálogo político-programático buscando uma solução política e jurídica para atender às exigências, na forma da lei, de superação da cláusula de barreira”.

Luciana afirmou que “as direções dos dois partidos concluíram pela unidade, cujo encaminhamento prático, legal e viável é a incorporação do PPL ao PCdoB”. Ela informou que os dirigentes acordaram, com base na legislação e nos estatutos partidários, que o processo se efetivará simultaneamente em suas instâncias de decisão e deliberação. Para tanto, o Comitê Central do PCdoB deverá aprovar, neste sábado (1ª/12), a unidade entre as duas agremiações. O mesmo deverá fazer o PPL, em decisão a ser tomada no Congresso que se realiza na mesma data da reunião dos comunistas.

A reunião do Comitê Central se findará neste domingo (2), com o ato de incorporação do PPL ao PCdoB.